Um texto pra lá de emocionante sobre o Corinthians viralizou nas redes sociais. Escrito há alguns anos, as palavras ganharam bastante notoriedade nas últimas semanas. O título “Vai, Corinthians – por Pedro Bial” conquistou o respeito da Fiel e prendeu torcedores na leitura. O texto não é de Pedro Bial, o autor, de acordo com alguns torcedores alvinegros, é do Fiel Rafael Castilho, mas as palavras são emocionantes da mesma maneira.
No intuito de explicar o “Vai, Corinthians” o torcedor alvinegro reproduz situações do cotidiano da vida de cada corintiano fanático pelo clube e resume bem o sentimento alvinegro.
Neste domingo, quando disputa contra o Grêmio a liderança do Campeonato Brasileiro, o texto pode servir de inspiração tanto para torcedores, quanto para os jogadores.
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Vez por outra, algumas pessoas perguntam o porquê do “Vai Corinthians”.
Curiosos, tentam entender porque inevitavelmente exclamamos “Aqui é Corinthians”.
Qual seria o significado destas exaltações?
A mágica de ser corinthiano não se revela somente no ato de torcer pelo Timão dentro das quatro linhas.
O jogo do Corinthians é uma forma de interpretação da realidade. A maneira como celebramos as vitórias ou lamentamos as derrotas é uma representação da vida da nossa gente.
O sofrimento, a superação, a desilusão, o engano, a paixão, a época de vacas gordas, ou as vezes de vacas magras…
A sorte, o revés, a resignação e a euforia.
A plena compreensão de que nada vem fácil na vida da gente.
Nada do que acontece dentro de campo pode fazer sentido sem que haja uma correspondência com a vida social cotidiana.
Mas tal qual aquele ditado em que “a vida imita a arte”, podemos dizer que além do Corinthians jogar o jogo como a gente joga a vida, o contrário também é verdadeiro, ou seja, experimentamos nossa vida reproduzindo a cada momento uma espécie de ética corinthiana.
Uma ideologia que aspiramos nas partidas de futebol, de alguma forma passa a orientar o nosso comportamento.
Tentarei ser um pouco mais claro.
Quando alguém te oferece uma cerveja, mas revela timidamente que vai te servir naquele famoso copo do requeijão, você responde: “Por favor, aqui é Corinthians!”.
Você é chamado para uma entrevista de emprego. Um trabalho que você esperava há tempos. Ao entrar na reunião você murmura quase em silêncio: “Vai Corinthians!”.
Ao ajudar um amigo com a mudança, ou mesmo dar aquela força para carregar cimento e “encher a laje” da casa que o cara está construindo com muito esforço. Se o camarada demonstra gratidão e oferece um abraço, é muito comum chegar no cara e dizer: “ô mano, é nois. Cê tá ligado que Aqui é Corinthians!”.
A mulher da tua vida sorri para você. Olha nos seus olhos e te oferece um beijo. O beijo que você esperou durante dias, semanas, meses ou talvez a vida inteira. Ao voltar para casa você dará socos no ar e vai gritar para a rua inteira escutar “Vai Corinthians!”.
Ano novo. Vamos estourar um Champanhe? Só tem Cidra. Tem problema?
Adivinha: “Aqui é Corinthians”.
Bateram no seu carro. Ele estava sem seguro. Você terá de trabalhar meses para arrumar o carango. Bola pra frente. Vai Corinthians!
Quem nunca ouviu essa frase: “Oi filho, seja bem-vindo na minha casa. A casa é simples, mas recebe todo mundo muito bem. Não repara a bagunça”. Inevitável resposta: “Tia, aqui é Corinthians”.
Você foi promovido? Vai Corinthians.
Sua filha se formou na faculdade? Vai Corinthians.
Vai para a balada? Vai Corinthians.
Preserva e admira as coisas mais simples da vida? Aqui é Corinthians.
Identificou-se com este texto? Aqui é Corinthians!
Moral da História: “Vai Corinthians” e “Aqui é Corinthians” são elogios a simplicidade. Demonstram uma satisfação com a própria identidade. Uma afirmação da nossa origem.
O Corinthians é a maior expressão de quem somos. Ele joga no campo reproduzindo nossa realidade.
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