O momento do Corinthians não é nada bom na atual temporada. Em nono colocado no Brasileiro, a equipe alvinegra corre o risco de ficar fora da Libertadores da próxima temporada, o que seria um desastre financeiro para os cofres do clube.
Além disso, a expectativa de reforços para a próxima temporada não anima a Fiel. De acordo com a diretoria, o clube não fará nenhuma loucura para contratar jogadores de peso em 2017. Emerson Piovezan, diretor financeiro do Corinthians, concedeu entrevista ao Lance! e falou dos assuntos mais importantes do clube no segundo semestre.
Entre eles, Piovezan garantiu que os cofres estarão equilibrados em 2017, e para isso acontecer nenhuma contratação fora dos padrões do clube deve ser feita. Ele também defendeu o presidente Roberto de Andrade e deu seu recado para a torcida alvinegra.
CONFIRA ABAIXO OS PRINCIPAIS TRECHOS DA ENTREVISTA:
MUDANÇAS COM A ATUAL DIRETORIA:
“O Corinthians tinha problemas sérios quando assumimos. Encontramos o clube em situação difícil em função de vários problemas, mas não vou ficar relatando porque não muda nada, temos de olhar para frente. Tínhamos atrasos, despesas maiores que receitas… Havia atrasos de direitos de imagem, pagamentos a fornecedores, premiações. Aí começamos a desenvolver uma série de ações pela reestruturação, para conseguirmos pelo menos conhecer a real situação que estávamos pegando e aí tomar ações pontuais para diminuir o nosso déficit.”
DESMANCHE:
“Em nenhum momento a gente precisava vender jogadores, mas era preciso equilibrar despesas e receitas. E isso não quer dizer só cortar. Em uma empresa, você quebra se só cortar. A gente foi buscar mais receita, como patrocínio, para bancar o que tínhamos. Só que chegou proposta e o jogador tem total direito de aceitar, não tem como prender o atleta aqui.”
PLANEJAMENTO E REFORÇOS PARA 2017:
“Sim, sem dúvida alguma. A gente está pensando, o que precisamos, há um trabalho com atletas mapeados, conversas iniciais com empresários… isso existe, mas eu não participo. Não definimos quanto vai ser gasto, porque não adianta falar antes. Hoje você tem vários formatos para contratar um atleta, pode ser por empréstimo, compra parcelada… Isso dentro do fluxo de caixa. Mas vamos buscar. Se for preciso fazer um sacrifício aqui ou ali, vamos fazer para ter um time competitivo. Mas sem loucura, não vamos trazer o fulano que custa R$ 40 milhões. Além disso tudo estamos indo atrás de patrocínios melhores, outras receitas que possam vir compor. Não adianta só cortar, preciso buscar novas receitas. Não consigo te falar quanto vou gastar, porque depende muito. Mas a diferença entre loucura e sacrifício é a capacidade que temos de pagar. Apareceu jogador interessante, queremos, ele vai tornar o time competitivo, aí vemos quanto custa, tentamos buscar patrocínio, enfim…”
RECADO PRA FIEL:
“A mensagem é de que hoje a saúde financeira do clube é muito melhor do que quando a gestão começou e a tendência é ter um ano (2017) melhor, que nos permita ir em busca de um time competitivo. Essa saúde financeira permite mais tranquilidade para analisar em busca de recursos e de atletas que formem um elenco competitivo. Mais do que foi neste ano.”