Foto: Agência Corinthians |
Juca Kfouri divulgou nesta quinta-feira (30), uma carta da Sociedade Armênia do Brasil direcionada ao presidente Andrés Sanchez, do Corinthians.
A carta relembra detalhes históricos do conflito entre o povo armênio e o povo turco ao longo da história, e pede que Andrés se retrate após chamar o conselheiro Sérgio Janikian, armênio, de “turco” em entrevista coletiva recente.
LEIA A CARTA:
A Comunidade Armênia do Brasil vem respeitosamente se manifestar sobre a entrevista coletiva concedida pelo notório presidente do Sport Club Corinthians Paulista Andrés Navarro Sanchez, em 25 de julho de 2020.
Em abril de 1915, o Império Turco Otomano perpetrou contra o povo armênio aquele que seria conhecido como o primeiro genocídio do Século 20, em que cerca de 1,5 milhão de armênios foram perseguidos e massacrados de maneira vil e impiedosa.
Com relação a este triste evento, o Sr. Andrés Navarro Sanchez nos honrou com a permissão da entrada de uma faixa alusiva a este genocídio, carregada pelo time, no jogo Corinthians e Chapecoense, realizado em 24/04/2019.
Esta nobre consideração nos deixou muito honrados e ensejou de nossa parte os devidos agradecimentos em carta enviada diretamente ao Sr. Andrés Navarro Sanchez.
Sendo assim, nossa perplexidade transcende os assuntos internos do Sport Club Corinthians Paulista e as diferenças que possam existir dentro das várias correntes internas do clube.
O fato é que nossa Comunidade se sentiu indignada com relação à generalização atribuída a um brasileiro descendente de armênios que faz parte do clube, chamando-o de turco durante entrevista coletiva que foi concedida no último sábado, dia 25 de julho deste ano, a todos os grandes órgãos da imprensa esportiva.
A história de sofrimento de nosso povo impingida pelo Império Turco Otomano não pode ser arranhada ou desprezada com colocações dessa natureza.
Como agravo a esta situação, nesta semana o povo armênio foi mais uma vez covardemente atacado pelo Governo do Azerbaijão com o apoio explícito do Governo turco.
Na certeza de vossa compreensão e autocrítica, com a dimensão histórica dos fatos e considerando a grande estima que temos por sua pessoa, estamos certos de que haverá de sua parte a devida retratação para com a Comunidade Armênia do Brasil”
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