Felipe se orgulha das ofensas da torcida do Corinthians

Danilo Vieira Andrade

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Felipe foi bastante hostilizado ao retornar ao Pacaembu mais uma vez como adversário do Corinthians | Sergio Barzaghi/Gazeta Press

A torcida do Corinthians encontrou uma distração quando a sua equipe diminuiu o ritmo no final do primeiro tempo da vitória por 2 a 0 sobre o Flamengo, neste domingo, no Pacaembu. Ao melhor estilo mexicano, o público iniciou as suas provocações com gritos de “bicha” a cada vez que o goleiro Felipe colocava a bola em jogo.

Um dos poucos jogadores poupados da revolta da torcida corintiana no Campeonato Brasileiro de 2007, ano do rebaixamento, Felipe já se acostumou a ser mal recebido quando retorna ao Pacaembu. O atual goleiro do Flamengo causou revolta quando pediu ao então presidente Andrés Sanchez para ser negociado em 2010, despertando interesse do Genoa, da Itália. Acabou no Sporting Braga, de Portugal.

Para Felipe, o fato de ainda ser hostilizado é motivo de orgulho. “Se estão falando de mim, é porque ainda sentem alguma coisa. Muitos já passaram pelo Corinthians e foram esquecidos. Eu, depois de quatro anos que saí, ainda sou lembrado”, sorriu. “É igual a casamento. Agora, que não estou mais aqui, sou xingado”, comparou.

Na época em que não era xingado, Felipe vivenciou momentos marcantes da história do Corinthians, como o retorno à Série A do Campeonato Brasileiro, em 2008. Na época, ele chegou a saltar o alambrado do Pacaembu para comemorar nos braços dos torcedores.

“Ninguém vai apagar a minha história no Corinthians. Tentei dar o meu melhor enquanto estive aqui”, comentou Felipe, que nunca escondeu ser torcedor do Flamengo desde a infância.

O que o goleiro gostaria de apagar é a história atual do Flamengo, que faz até os seus companheiros se desentenderem em meio à sequência negativa. “Não posso nem comentar sobre isso. Se houve alguma coisa, foi do jogo. Não adianta a gente criar problema com qualquer conversinha mais dura. Sei que, quando uma equipe grande fica muito tempo sem vencer, a cobrança é grande. O único remédio é a vitória”, concluiu o ex-corintiano.

Fonte: Gazeta Esportiva