A camisa 10 perdeu um pouco do status no futebol. Não tem a mesma mística de quando Rivellino ou até Neto a usaram no Corinthians.
Mas, ainda assim, é a 10. Aquela do pensador, do jogador mais talentoso, do cara visado pelos adversários. Jadson chega ao Timão para tentar brilhar justamente com ela.
Como Douglas foi negociado com o Vasco, o número ficou vago no Timão e deverá ser repassado ao meia, que também o utilizou enquanto defendia o São Paulo.
Nesta sexta, ele passou por exames médicos e já esteve no CT do Parque Ecológico para conhecer os novos companheiros. Foi recebido pelo técnico Mano Menezes, responsável direto por sua contratação.
Estilo para usar a 10, Jadson tem de sobra. Mano sabe disso. A chegada do meia tende a resolver dois problemas que vinham aborrecendo o treinador.
O primeiro já foi resolvido com a saída de Pato. A personalidade apática e a insatisfação do atacante já estavam provocando dores de cabeça em Mano. O segundo tem a ver com a criação.
O time, que só fez cinco gols em seis jogos no Paulista, precisava de um camisa 10. Danilo, Rodriguinho, Douglas e Zé Paulo -; este último, titular na última partida -; não tiveram sucesso. Jadson é a aposta.
O ex-são-paulino é um meia que gosta de carregar a bola e chutar de longe. No esquema em que o Timão vem jogando, ele poderia atuar centralizado. É a primeira opção na prancheta de Mano. Não é a única.
Jadson tem velocidade e também sabe trabalhar pelas pontas. Assim, o camisa 10 poderá ser deslocado para o lado direito da linha de três meias.
O torcedor corintiano só espera que, seja pelo meio, pela esquerda ou pela direita, o futebol de Jadson receba a mesma nota do número de sua camisa.
Fonte: Diário de São Paulo