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Em jogo sonolento, Corinthians e Atlético-PR ficam no empate

Danilo Vieira Andrade

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Corinthians e Atlético-PR não saíram do 0 a 0 em Mogi Mirim nesta quarta-feira (Foto: Marcos Ribolli)
Recordista de empates do Campeonato Brasileiro, o Corinthians mais uma vez não saiu da igualdade. Pela 12ª vez nesta edição do torneio – a sétima sem marcar gols – o Timão não fez valer a força dos 15.581 pagantes no estádio Romildo Ferreira, em Mogi Mirim, e ficou no 0 a 0 contra o Atlético-PR, que vinha embalado por uma vitória de virada no clássico contra o Coritiba. Resultado que pouco acrescenta às pretensões de ambas as equipes na parte final da competição nacional.
Ainda em busca de equilíbrio, o Corinthians mais uma vez esbarrou na falta de criatividade. Evoluiu no segundo tempo, com a entrada de Rodriguinho, mas deu poucas chances ao seu inofensivo ataque. Melhor organizado em campo, o Atlético-PR trocava passes com qualidade, mas não encontrava a melhor maneira de finalizar e superar Cássio. Problema por problema, o empate sem gols pareceu o resultado mais óbvio.
Com a chance de igualar o Grêmio – derrotado anteriormente pelo Criciúma, em casa – com 48 pontos, o Atlético-PR caiu uma posição na tabela de classificação. Com 45, foi ultrapassado pelo Botafogo, que bateu o Náutico no Recife e chegou aos 46.
Essa foi a despedida do Timão da cidade de Mogi Mirim. Após vencer o Bahia por 2 a 0 há uma semana, a equipe não passou do empate contra o Furacão e agora jogará na cidade de Itu contra o Criciúma, em sua próxima partida como mandante, no dia 19 deste mês. Ainda faltam dois duelos a serem cumpridos longe de São Paulo por determinação do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).
Ambas as equipes voltam a campo no próximo domingo. Enquanto o Corinthians faz clássico contra o São Paulo, no estádio do Morumbi, às 16h (horário de Brasília), o Furacão recebe a Portuguesa no Durival de Britto, às 18h30m.
Faltou bola…
Modorrento: o primeiro tempo do confronto em Mogi Mirim praticamente não teve chances reais de gol. Mesmo empurrado pela torcida, o Corinthians não dava provas de que estava em campo para o jogo. Dominava a posse de bola, mas irritava pelo velho problema da falta de criatividade. Melhor organizado, o Atlético-PR permanecia no setor ofensivo, e só não conseguia abrir o placar porque lhe faltava qualidade para no momento da finalização.
O Furacão chutou seis vezes a gol. O Timão, três. A melhor chance dos paranaenses veio em cabeçada de Manoel, que parou no travessão de Cássio. Artilheiro do Campeonato Brasileiro com 15 gols, Éderson foi neutralizado pela consistente (e inédita) dupla de defesa do Corinthians, composta por Cléber e Gil. Nem mesmo o goleador para ampliar a qualidade de um sonolento confronto…
Parte da torcida que compareceu ao Romildo Ferreira demorou pouco tempo para perder a paciência com a postura nada ousada do Timão. O técnico Tite, ovacionado pela Fiel ao aparecer no gramado, passou a ser cobrado. Principalmente pela falta de eficiência do ataque, composto por Romarinho, Emerson Sheik e Danilo. O meio-campista, inclusive, começou a partida como referência dentro da área, na função normalmente ocupada por Paolo Guerrero.
O apito final foi um alívio – ou motivo de maior irritação – para os torcedores de ambas as equipes. Enquanto os corintianos não se conformavam pelo fato do Timão não encontrar equilíbrio desde o início do Brasileirão, os atleticanos viam o Furacão perdendo a chance de encostar ainda mais no Grêmio.
Mais do mesmo
O técnico Tite sentiu a necessidade de alteração imediata no Corinthians. Tirou Douglas e lançou o recém-contratado Rodriguinho para assumir a vaga no meio-campo. A equipe mudou imediatamente: passou a incomodar mais o Atlético-PR, que dava espaço para Romarinho se movimentar no lado esquerdo do setor ofensivo alvinegro. O atacante chegou a ficar cara a cara com Wéverton, que salvou os visitantes de sair atrás do placar.
A resposta do Furacão se dava em contra-ataques rápidos, comandados por Everton e Marcelo. Disposto a sair de Mogi Mirim com os três pontos, Vagner Mancini decidiu dar gás novo à equipe: sacou Zezinho para a entrada de Mérida no meio-campo. Do outro lado, para reforçar o ataque, Tite trocou Romarinho por Paulo Victor. Panorama pouco alterado… Mesmo mais movimentado, a partida continuava sonolenta.
Corinthians e Atlético-PR jogavam por uma bola, que não vinha de jeito nenhum. Embora o resultado não fosse satisfatório para as pretensões de nenhuma das duas equipes, Timão e Furacão adotavam a cautela para não desperdiçar um ponto no castigado gramado do Romildão.
À beira do gramado, os técnicos berravam orientações, em vão. O Atlético-PR tentava chutar de longe, e chegou a incomodar Cássio, com Mérida e João Paulo. O Corinthians promoveu até a entrada do lateral Diego Macedo, que fez sua estreia, substituindo Danilo. Mas e os gols? Esses não apareceram…