Tite se abala com vexame, se emociona com vitória e diz: ‘Tenho um grupo que vai até a morte’

Danilo Vieira Andrade

Google News Siga-nos no Google Notícias
Tite recebeu novamente o apoio dos jogadores corintianos | Miguel Schincariol/Gazeta Press

Tite guardará a noite dessa quarta-feira, em Mogi Mirim, junto com os títulos da Libertadores, do Mundial e outros grandes momentos da sua carreira. A vitória por 2 a 0 sobre o Bahia não carrega nem de longe a mesma importância das conquistas internacionais, por mais que tenha acabado com um jejum de oito jogos do time sem fazer gol e sem vencer. Mas a noite foi simbólica para o treinador, que chegou ao fundo do poço após a vexatória goleada de 4 a 0 sofrida para a Portuguesa, no último domingo.

‘Viemos de uma sequência de empates com grandes equipes, Cruzeiro, líder e Grêmio, vice-líder e tivemos muito perto da vitória. E tu pega uma equipe que a expectativa é de vitória e com 13 minutos está tomando 2 a 0, no fim toma quatro…Tu sente’, declarou em Mogi o técnico, que teria cogitado deixar o cargo após a partida com a Lusa.

Tite não confirmou essa informação, mas disse: ‘Não sou super-homem, também tenho sentimento. Também sinto como ser humano quando vem de uma sequência dessa. Não tinha condição de pensar nada naquele momento.’

Naquele momento, o treinador teve o apoio dos jogadores, que saíram a público em seu apoio e chamaram a responsabilidade pelo mau momento. Nesta quarta-feira, ele recebeu a solidariedade da torcida, que gritou seu nome antes do início da partida e do time, que, na opinião do técnico, voltou a ser combativo, roubando bolas no campo do adversário. A volta de Guilherme no meio-campo, afirma Tite, também contribuiu para a melhora do desempenho.

No segundo gol da vitória, do estreante Cléber, time e torcida se uniram em gritos e abraços em torno do treinador. ‘Existem momentos na vida que são impagáveis, aqueles momentos que a gente guarda tal qual um troféu, um título. Não tenho um grupo de puxa-sacos, mas um grupo de atletas leais de coração, que bancam uma causa, que vestem a camisa até a morte, a morrer.’

Fonte: ESPN