Risos, piadas e aprendizado: Pato se diz mais confortável no Corinthians

Danilo Vieira Andrade

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Alexandre Pato concedeu rara entrevista coletiva
nesta segunda (Foto: Sergio Gandolphi)
O período de adaptação de mais de seis meses parece ter feito bem a Alexandre Pato, tanto dentro quanto fora de campo. Ainda em busca de uma boa sequência de jogos com a camisa do Corinthians, ele se apresentou mais descontraído na entrevista coletiva desta segunda-feira, no CT Joaquim Grava. Embalado, claro, pelo gol que marcou no triunfo por 2 a 0 sobre o Vitória, domingo, no Pacaembu, 13ª rodada do Brasileirão (assista aos lances da partida no vídeo).
Bem humorado, brincalhão e fugindo um pouco dos lugares comuns, o atacante falou sobre tópicos que não costumava citar em suas entrevistas. Ele se vê em período de aprendizado por ainda ter 23 anos, avisa que está muito melhor do que em suas últimas temporadas pelo Milan e que perdeu o medo de lesões. Melhor preparado, ele já fez 35 jogos e 11 gols nesta temporada.
Durante a conversa, ele se permitiu até brincar com o técnico Tite, que destacou seus pontos fortes em entrevista após o jogo de domingo.
– O professor está falando muito, não pode falar os pontos fortes assim – riu.
Confira abaixo os principais trechos da entrevista, que durou cerca de 40 minutos.
Sequência de jogos
– Tenho trabalhado muito, passei um ano e meio, quase dois, muito mal na Europa. Jogava um jogo e me machucava. Queria uma sequência de jogos. Tenho aproveitado minhas chances, fiz muitos jogos, seja jogando 90, 45 ou 10 minutos. Queria voltar a ter uma sequência e não me machucar, é isso que me deixa mais tranquilo e feliz.
Seis meses depois, ainda é reserva
– Daqui a pouco faço dez anos como profissional. Saí de casa muito cedo, vivi muito tempo sozinho. Então, trabalho com muita força para atingir meus objetivos. Estou tentando mostrar meu futebol e ter uma sequência maior do que tive no Milan.
Falta vontade a Pato?
– Para você chegar ao nível top, precisa ter muita sequência e minutos jogados nas pernas. Não é falta de vontade. Tenho 23 anos e ainda preciso aprender muito. Não falta vibração, mas tenho de aprender a marcar, chutar, outras coisas. Estou crescendo como jogador. No Milan era diferente, eu não precisava voltar tanto para marcar. Aqui, o treinador pede muito isso e tem me ajudado bastante.
Como prefere jogar?
– Gosto muito de receber a bola em profundidade e disputar em velocidade, mas também faço pivô. Quando eu cheguei na Itália, não sabia fazer muitos movimentos. Toda hora, Pirlo e Seedorf batiam isso em mim, e com o tempo fui aprendendo. Aprendi muitos movimentos. Aqui, aos poucos, eles vão entendendo meu jogo. Estou aqui há mais de seis meses e me sinto muito bem.
Gols perdidos
– Trabalho muita finalização e cabeceio, só que tem horas em que a bola não entra, você não está com muita sorte, pode chutar mil vezes… Errar é humano, todo mundo erra. Estou sempre ali tentando, uma hora a bola entra. Nunca vou deixar de tentar.