Lugano critica Democracia Corinthiana: “Temos que dar a dimensão necessária”

24 de abril de 2020 às 16h15

Lugano elogiou Democracia Corinthians, mas depois criticou / Foto: Reprodução

Ídolo do São Paulo e atual superintendente de relações institucionais do clube rival, o ex-zagueiro Lugano criticou a Democracia Corinthiana, capítulo marcante da história do Corinthians onde os atletas tinham voz e decidiam temas importantes dentro do clube.

Ao site argentino Infobae, Lugano inicia elogiando a Democracia Corinthiana, movimento liderado por Sócrates, Casagrande e Wladimir. Ele lembra que e período fez parte da história brasileira. Os atletas corintianos, vale lembrar, agiam como agentes políticos em prol da votação direta no Brasil.

“O Corinthians é meu maior rival aqui (no Brasil). Sócrates era um fenômeno, uma besta como jogador. Foi um momento muito particular da sociedade brasileira”, disse Lugano. “(Sócrates) tinha uma forma de se expressar, um carisma e uma preocupação social notável”, completou.

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Na sequência do elogio, porém, Lugano minimiza o movimento ao citar Emerson Leão, goleiro corintiano na época que não participava do movimento de maneira prática e sempre fez ressalvas ao movimento.

“Eu também escutei Emerson Leão, uma personalidade forte, que era parte da Democracia. Disse que era muito linda a Democracia Corintiana, mas que não o deixavam treinar“, lembra Lugano

“É verdade, muito linda a democracia para decidir tudo, mas se de repente seis queriam treinar, e dez não, não te deixavam? É muito romântica a história, Sócrates é um fenômeno em um contexto social e político muito especial, mas, bem, temos que dar a dimensão necessária“, conclui.

A Democracia Corinthians é considerada o maior movimento ideológico do futebol brasileiro e ocorreu entre 1981 e 1985. O nome foi dado pelo publicitário Washington Olivetto, ilustre corintiano.