Não é de hoje que Carlos Amarilla e Corinthians não se dão bem. O árbitro paraguaio, que trabalhou no empate por 1 a 1 diante do Boca Juniors, jogo que selou a eliminação alvinegra da Libertadores, já errou contra o time do Parque São Jorge na edição de 2006 do torneio continental.
Na ocasião, os corintianos enfrentavam o River Plate, também na fase oitavas de final. No duelo de ida, realizado na Argentina, Amarilla anulou gol legítimo de Tevez por impedimento – o toque foi de um zagueiro rival – e expulsou Mascherano de forma equivocada – o juiz marcou falta inexistente do volante em Gallardo e aplicou o segundo cartão amarelo.
O River venceu a partida por 3 a 2. Na volta, no Pacaembu, o Corinthians entrou em campo muito nervoso e não foi páreo para o rival. A nova derrota, desta vez por 3 a 1, desencadeou uma reação furiosa nos torcedores, que tentaram quebrar o portão para invadir o gramado do estádio e brigaram com os policiais.
Já na última quarta-feira, o clube paulista precisava de uma vitória por dois gols de diferença sobre o Boca Juniors para avançar na Libertadores. Amarilla deixou de marcar dois pênaltis – um por mão na bola de Marín e outro por empurrão em Emerson – e anulou dois gols legítimos – um de Romarinho e outro de Paulinho. Para piorar, o gol de Riquelme, decisivo para o confronto, aconteceu logo na sequência de um destes lances.
Os jogadores do Corinthians evitaram externar suas revoltas com relação à atuação do árbitro. Mas o técnico Tite, o diretor de futebol Roberto de Andrade e o presidente Mário Gobbi reclamaram de forma acintosa do paraguaio. O treinador pediu veto a Amarilla em suas partidas. Gobbi deixou claro que foi o juiz quem tirou o Corinthians da Libertadores. Por fim, Andrade afirmou que o paraguaio deveria ter deixado o Pacaembu preso. Fonte: ig