Paulo André assume “bucha” com orgulho de mostrar sua opinião

Danilo Vieira Andrade

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Paulo André assume “bucha” com
orgulho de mostrar sua opinião
Quando acabou o treino desta sexta-feira, os assessores de imprensa do Corinthians procuraram Paulo André. Como Tite não daria a entrevista que costuma conceder nesse dia da semana, o zagueiro vibrou com a oportunidade de falar sobre um assunto delicado, a morte do garoto boliviano Kevin Espada no último jogo do Alvinegro.
‘Eu imaginava que seria eu. Quando tem bucha, geralmente sou eu que venho aqui’, disse o jogador, que gosta de praticar tênis e xadrez, pintar quadros, exibir livros e se mostrar diferente da maioria dos boleiros. ‘Gosto de dar opinião. Para mim, não tem problema nenhum.’

Ainda que a pose e a conjugação dos verbos tenham sido um pouco diferentes, as frases de Paulo André acabaram sendo muito parecidas com as ditas por seus companheiros na chegada a São Paulo, na última quinta. Ele lamentou a morte do menino, atingido por um sinalizador no empate de seu San José com o Timão, e procurou não se comprometer com a torcida alvinegra.
‘Ter uma punição exemplar, como a que está acontecendo no momento, sem que a gente se preocupe em oferecer segurança pouco vai mudar. É preciso dar condições, cristalizar tudo o que move o futebol, para que o torcedor possa ter um momento agradável entro do estádio. Só dar o exemplo, punindo o Corinthians, e não dar as condições, não vai mudar nada’, afirmou.
Paulo André não mordeu a isca diante de uma pergunta que o incitava a criticar torcidas organizadas e voltou a lamentar ‘uma grande fatalidade’. ‘Todos os que estavam na Bolívia representando o Corinthians ficaram em uma tristeza muito grande, lamentando o ocorrido. O futebol está aí para dar alegria, passar coisas boas. Não foi o que vimos’, concluiu, satisfeito com o encadeamento de suas ideias.

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