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Repórter do EI é assediada ao vivo, e Corinthians se solidariza na web; veja

Danilo Vieira Andrade

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Uma cena revoltante aconteceu com a repórter Bruna Dealtry, do Esporte Interativo, no confronto entre Vasco da Gama e Universidad de Chile pela Copa Libertadores da América.




Enquanto fazia uma reportagem nos arredores do estádio São Januário, Bruna recebeu um beijo de um torcedor sem noção enquanto estava ao vivo no Esporte Interativo. Nas redes sociais, a jornalista publicou um texto de desabafo. (confira abaixo)

O Corinthians se solidarizou com o ocorrido e compartilhou a publicação da repórter do Esporte Interativo. Na publicação, o Timão disse o seguinte: “Tamo junto, @brunadealtry! #NãoÉNão #RespeitaAsMinas.”. (veja abaixo)

Vale destacar que o Timão utilizou um uniforme apoiando o movimento “Não é Não” diante do Mirassol, na quarta-feira (7), confronto válido pela fase de grupos do Paulistão. No lugar onde fica o patrocínio máster, a frase “#RespeitaAsMina” estampava a camiseta alvinegra.





Assim como o Corinthians, nós do Timão do Povo estamos juntos na luta com as mulheres contra qualquer tipo de preconceito ou machismo.

Tamo junto, @brunadealtry! #NãoÉNão #RespeitaAsMinas •• #Repost Repost from @brunadealtry •• Sempre fui uma repórter que adora uma festa de torcida. Não me importo com banho de cerveja, torcedor pulando, pisando no meu pé… sempre me deixo levar pela emoção e tento sentir o momento para fazer o meu trabalho da melhor maneira possível. Sempre me orgulhei por ter uma boa relação com todas as torcidas e por ser tratada com muito respeito!! Mas ontem, senti na pele a sensação de impotência que muitas mulheres sentem em estádios, metrôs, ou até mesmo andando pelas ruas. Um beijo na boca, sem a minha permissão, enquanto eu exercia a minha profissão, que me deixou sem saber como agir e sem entender como alguém pode se sentir no direito de agir assim. Com certeza o rapaz não sabe o quanto eu ralei para estar ali. O quanto eu estudei e me esforcei para ter o prazer de poder contar histórias incríveis e estar em frente às câmeras mostrando tudo ao vivo. Faculdade, cursos, muitos finais de semana perdidos, muitos jogos de futebol analisados, estudo tático, técnico, pesquisas etc. Mas pelo simples fato de ser uma mulher no meio de uma torcida, nada disso teve valor para ele. Se achou no direito de fazer o que fez. Hoje, me sinto ainda mais triste pelo que aconteceu comigo e pelo que acontece diariamente com muitas mulheres, mas sigo em frente como fiz ao vivo. Com a certeza que de cabeça erguida vamos conquistar o respeito que merecemos e que o cidadão que quis aparecer é quem deve se envergonhar do que fez. Sou repórter de futebol, sou mulher e mereço ser respeitada.
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