![]() |
Mário Gobbi defende a liberação do patrocínio para o Corinthians Crédito: Ari Ferreira/LANCE!Press |
O Corinthians tem uma interpretação para a liminar concedida pelo Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul, no dia 28 de fevereiro, que suspendeu o pagamento do patrocínio da Caixa Econômica Federal. Na avaliação do presidente Mário Gobbi Filho, o clube está sendo usado para que uma pessoa (ou um grupo delas) se promova usando o nome do clube.
– A Caixa é um grande parceiro do Corinthians, o Corinthians é um grande parceiro da Caixa. Vamos fazer de tudo para que essa parceria siga em frente. Até porque a Caixa patrocina o Avaí, o Figueirense, o Atlético-PR, os jogos Pan-Americanos, as Olimpíadas, a Globo… Foi só patrocinar o Corinthians que surgiu isso. É isso que cansa, esse mel que o Corinthians tem, todo mundo quer mamar na teta do Corinthians. Todo mundo quer ser o herói. Entraram com uma ação, uma coisa esdrúxula, sem eira nem beira. Às vezes, a gente se destempera, mas é por causa disso. É uma mediocridade. Fazer nome em cima do Corinthians – desabafou o mandatário, em entrevista exclusiva ao LANCE!Net.
Já a decisão liminar partiu do desembargador federal Cândido Alfredo Silva Leal Júnior. O Corinthians segue estampando o logotipo da Caixa no uniforme, mas o pagamento do patrocínio, de R$ 2,5 milhões por mês (R$ 30 milhões anuais), está suspenso.
– Por que o Avaí pode, o Atlético-PR pode, outros já puderam e o Corinthians não pode? Por que o Flamengo ficou vinte anos com a Petrobrás e ninguém falou nada? Isso revolta, a gente sabe o que está por trás. Isso é nojento! Não tem outra forma de definir isso. Quem se presta a fazer isso. O Corinthians é maior que tudo. É maior que a Libertadores. Teve gente que duvidou quando falei lá atrás, né? É maior que a Caixa, que tudo! Vamos superar isso também. Nada é maior do que o Corinthians nesse mundo de Deus. O dia que um time colocar 50 mil torcedores em Yokohama (JAP), realmente apareceu um outro maior. E que não seja de Yokohama. Nós paramos o Japão. A imprensa mundial estava lá – disse Gobbi.
Segundo a coluna De Prima, o clube aguarda para esta quarta-feira o julgamento da Justiça Federal gaúcha do pedido de revisão de recurso da Caixa, que reforça a legalidade do contrato entre ambas as partes. Na última semana, a CEF teve negado um pedido de suspensão dos efeitos da limitar até que o julgamento acontecesse.
Neste ano, o Timão recebeu os R$ 5 milhões referentes a janeiro e fevereiro, mas teve suspenso o pagamento de março, de R$ 2,5 milhões, mês em que começou a valer a ordem judicial. O valor total de patrocínio é R$ 30 milhões anuais (R$ 2,5 mi mensais), válido até o fim de 2014. A Caixa é patrocinadora de outros clubes brasileiros, como Atlético-PR, Avaí e Figueirense. Estes, porém, não foram citados na ação de Beiriz e seguem com os contratos inalterados.
Fonte: Lancenet