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Patrocínio está suspenso desde fevereiro, mas Corinthians segue estampando a Caixa | Leandro Moraes/UOL esporte |
O Corinthians pode voltar a receber o dinheiro referente ao seu patrocínio já na próxima semana. No dia 21 de maio, terça-feira, a Justiça Federal da Quarta Região vai avaliar o agravo pedido pelo clube e a Caixa, e pode decidir pela suspensão da liminar que interrompeu a parceria no fim de fevereiro.
O julgamento, inicialmente, aconteceria nesta terça, mas foi adiado em cima da hora em uma semana. O Corinthians e a Caixa não poderão fazer sustentação oral na audiência, mas enviarão representantes e já apresentaram seus argumentos para os responsáveis pela decisão.
Quem vai comandar o julgamento é Altair Antônio Gregório, relator do processo, o mesmo que definiu pela suspensão do patrocínio há quase três meses. Dessa vez, no entanto, ele será acompanhado por dois desembargadores que também participarão do julgamento.
Por isso, o Corinthians está otimista para uma ‘virada’ no processo. Até agora, os responsáveis já recusaram suspender a liminar em duas oportunidades. Só que mesmo que não convença Altair Gregório a mudar de opinião, o clube espera que consiga ‘ganhar’ a disputa com os outros dois membros da turma julgadora.
Os argumentos do clube continuam o mesmo. Na ação pública original, o advogado gaúcho Antônio Beiriz alega que o patrocínio de R$ 31 milhões causa dano ao erário e não traz benefício algum ao banco, que por ser público não poderia investir em um ente privado.
A Caixa rebate dizendo ser obrigada a concorrer no mercado com rivais como Bradesco, Itaú e Santander, que podem investir em propaganda. Além disso, comemora um retorno de mídia de cerca de R$ 29 milhões em apenas um mês de contrato (o da conquista do Mundial no Japão), segundo estudo da Informídia.
O maior argumento de Corinthians e Caixa, no entanto, é o parecer do Ministério Público que dá aval à parceria. A avaliação, assinada pelo procurador regional Waldir Alves, foi anexada ao processo e será levada em consideração pelos desembargadores.
Com a suspensão desde fevereiro, o Corinthians chegou a cogitar um plano B para evitar um problema financeiro grave. Desde a decisão liminar, o clube não está recebendo os valores mensais referentes ao patrocínio.
Fonte: UOL