Cléber recusa Basel, da Suíça, e cria impasse na Ponte Preta

Danilo Vieira Andrade

Google News Siga-nos no Google Notícias

Campinas, SP, 13 (AFI) – A Ponte Preta aceitou a proposta de 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 10 milhões) do Basel-SUI por cinco anos de contrato com o zagueiro Cléber. O negócio, contudo, dificilmente será concretizado, já que o xerifão avisou que não tem interesse de sair do futebol brasileiro neste momento.

Foto: PontePress
“O Cléber deixou claro que não quer sair para a Suíça e nem para país algum. Ele quer ficar no país. Mas a Ponte não pode trocar uma oferta de R$ 9 milhões (na verdade R$ 10 milhões na cotação atual) por uma de R$ 3 milhões”, avisou o executivo de futebol Ocimar Bolicenho, em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas.

As declarações do dirigente deixam claro que a Macaca não irá liberar o jogador para um clube brasileiro, caso não seja paga a multa rescisória de R$ 8 milhões para o mercado interno. Além da oferta do Basel, a única proposta oficial feita à Ponte foi da Traffic, que pagaria R$ 3,5 milhões e repassaria o jogador a outro clube.

O Corinthians chegou a contatar o presidente Márcio Della Volpe para abrir negociações, mas foi avisado do interesse do Basel. “Aí, eles informaram que nestas bases o Corinthians não negociava”, informou Bolicenho.

Impasse

A recusa de Cléber cria um grande impasse e gera um verdadeiro mal estar entre o clube e o representante do atleta, Beto Rappa. Bolicenho fez críticas ao representante e disse que o mesmo está forçando a saída do jogador para um clube brasileiro.

“O Cléber não está forçando nada, mas sim seu representante, que força a saída para um clube sem divisão (Desportivo Brasil, mantido pela Traffic). Mas o Beto Rappa não é representante oficial do atleta”, disparou o cartola.

De acordo com as normas da CBF, ao assinar um contrato com um clube, o jogador pode indicar um representante. No entanto, segundo a Ponte, Cléber não indicou representante algum na assinatura de seu contrato. Sendo assim toda e qualquer decisão, seja reforma contratual ou negociação envolvendo o zagueiro, não necessitaria da consulta a Rappa.

Na semana passada, o Estadão.com.br noticiou que Cléber estaria revoltado com a diretoria da Ponte. O defensor teria acusado Bolicenho de tê-lo enganado ao reformar o contrato. Segundo o jogador, o clube deu um aumento salarial de R$ 20 para R$ 25 mil, mas aumentou a multa rescisória de R$ 3 milhões a R$ 8 milhões pela quebra do contrato que termina em maio de 2015.

Fonte: Futebol Interior