Meia do Corinthians, que passou cinco anos na Alemanha quando atuou pelo Bayer Leverkusen, diz que manifestações são ‘um marco grande na história do Brasil’
Renato Augusto apoia as manifestações pacíficas (Foto: Eduardo Viana/LANCE!Press) |
Renato Augusto ficou na Alemanha entre 2008 e 2013. Há seis meses de volta ao Brasil, agora atuando pelo Corinthians, o meia de 25 anos diz que apoia o sentimento do povo brasileiro em cobrar melhores condições de vida nas manifestações que acontecem em todo o país. Com uma ressalva:
– Acho válidas, mas não acho válidas ao ponto de depredarem algo público ou algo que é do cidadão. Acho que o cidadão tem de ir para rua e correr atrás do bem do Brasil, mas sem agresividade. Uma pequena minoria que vem com um pouco de agressividade, mas no geral está sendo um marco muito grande para a história do Brasil – elogiou.
Bem entrosado no elenco, o jogador admite estar se informando bastante sobre os fatos ocorridos com Paulo André, zagueiro reconhecido no meio do futebol por suas ideologias políticas e apoio a causas sociais. Perguntado se, junto dele e de outros jogadores, poderia subir aos palanques e imitar o que atletas como Wladimir, Sócrates e Casagrande fizeram no período das “Diretas Já,” ele negou:
– É difícil dizer isso… No Corinthians tudo o que fizermos toma uma proporção muito maior. Hoje, se (os manifestantes) jogam uma pedra, eles jogaram. Se for a gente, é um grande pedregulho. Difícil dizer, comentamos bastante, mas é preciso tomar cuidado – admitiu.
Mesmo assim, disse que teria motivos para se juntar aos manifestantes brasileiros pelas ruas e listou alguns problemas pelos quais reivindicaria melhorias:
– Contra a corrupção. Perguntam: “Tudo isso é por 20 centavos?” Não, é por tudo o que aconteceu esse tempo todo. Tem muita gente reclamando do valor dos estádios, a saúde péssima, a educação péssima. Lá (na Alemanha) você paga imposto, mas com retorno muito maior. Aqui é imposto absurdo com retorno quase zero. Ia à rua por isso – finalizou.
Fonte: Lancenet