Indiciados por morte de boliviano, torcedores do Corinthians ficam atrás das grades em prisão em Oruro | RAUTERS/Daniel Rodrigo |
O UOL Esporte apurou que os cinco corintianos ainda detidos em Oruro, na Bolívia, devem ser soltos até o final deste mês. Tanto as autoridades brasileiras quanto os advogados que cuidam do caso trabalham com essa previsão. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, a Justiça boliviana comprometeu-se a acelerar o processo para que o prazo seja cumprido e eles possam se juntar aos sete que já foram soltos em território brasileiro.
Os brasileiros que permanecem na Penitenciária San Pedro estão bem e vivem a expectativa de sair. Embora as perspectivas sejam consideradas favoráveis, os advogados tentam conter o clima misto de euforia e ansiedade que tomou conta dos torcedores. Principalmente porque havia o temor de que apenas três dos cinco fossem libertados, já que vestígios de pólvora foram encontrados nas mãos de dois deles.
Apenas sete dos doze torcedores foram liberados da prisão. A decisão foi tomada pelo juiz Julio Guarachi, que, após investigação da promotoria boliviana, concluiu que eles não estavam envolvidos no incidente. Outros cinco torcedores brasileiros, com idades entre 21 e 35 anos, continuam presos em Oruro.
Os corintianos soltos chegaram a São Paulo neste domingo e foram recebidos por familiares e outros integrantes das organizadas do time no aeroporto internacional de Guarulhos. Aos desembarcar, os corintianos falaram pouco e o discurso era o mesmo: ‘precisam libertar os outros’.
Os torcedores que chegaram ao Brasil são Tiago Aurélio dos Santos Ferreira, Danilo Silva de Oliveira, Tadeu Macedo Andrade, Rafael Machado Castilho Araújo, Fábio Neves Domingos, Hugo Nonato e Clever Souza Clous. Permanecem detidos: Reginaldo Coelho, Leandro Silva de Oliveira, José Carlos da Silva Júnior, Marco Aurélio Nefreire e Cleuter Barreto Barros.
Na última quarta-feira, um juiz boliviano informou a inclusão de um jovem brasileiro de 17 anos, residente em São Paulo, no processo contra vários torcedores do Corinthians, investigados pela morte em fevereiro de um menino durante uma partida da Copa Libertadores.
O jovem, identificado como H.A.M., se entregou às autoridades policiais brasileiras poucos dias após o acontecimento trágico, confessando ser o responsável por acender o sinalizador que matou o boliviano Kevin Beltrán, de 14 anos, durante uma partida entre o San José e o Corinthians. Contudo, a informação oficial da confissão não chegou às autoridades bolivianas até duas semanas atrás, aproximadamente.
Fonte: UOL