Renato Augusto posa ao LANCE!Net no CT (Foto: Eduardo Viana/ LANCE!Press) |
Quero conquistar títulos. Esse é o mais próximo que posso conquistar. Vou trabalhar todo dia para esse jogo. Não só pelo título, mas por ser contra um rival, um clássico… Fica ainda mais gostoso! Vou trabalhar forte para o jogo da Recopa.
Pelo que já vivi no futebol, em clássico nunca tem favorito. Já ganhei título não sendo favorito, já perdi sendo favorito. Nessas horas não existe isso. Existem duas equipes grandes entrando em campo e vão ser bons 180 minutos.
Tem de pensar no lado positivo. Vou ter ainda mais tempo para me recuperar, posso voltar talvez até no mesmo ritmo dos outros. Um pouco abaixo, mas praticamente igual, para poder lutar pela posição na equipe, como vinha fazendo.
Cheguei aqui e tive de buscar meu espaço. Não vai ser diferente. Vou treinar da mesma forma que treinei, forte, me preparando para quando tiver a oportunidade, não sair mais da equipe. Quando cheguei tinha isso muito claro na minha cabeça. Quando eu tivesse a oportunidade, não sairia mais. Tive uma sequência, infelizmente me lesionei. Agora voltou à estaca zero para buscar meu espaço no time de novo.
Foi muito ruim, principalmente pela sequência que eu vinha tendo. Estava feliz. Me sentia mais perto da Seleção, de repente podia ter uma oportunidade. Isso acabou me machucando, magoando muito… Me machuquei numa hora muito ruim.
Foi uma lesão um pouco mais complicada do que imaginávamos. Meu histórico de lesão, apesar de não ter sido na mesma perna que vinha tendo problemas, gerava um medo. Não só da minha parte, mas do departamento médico. Eu queria muito acelerar para voltar. E tentei. Mas vimos que realmente, se eu voltasse, poderia agravar. Acho que nessas horas a gente tem de respeitar a musculatura para voltar bem e ter uma sequência boa.
Lá eles usam outro tipo de tratamento. Não tem como julgar se está certo ou errado. Me sinto melhor trabalhando no método, digamos, brasileiro. Realmente a parte de fisioterapia é acima da média. Acredito que estou em boas mãos.
Aqui acaba sendo mais fácil, você está falando a sua língua, está com os seus amigos… Apesar de eu estar em São Paulo, e não no Rio, estou mais perto, fica mais fácil para receber uma visita, quando estou de folga vejo a família. Já lá era outra língua, frio, alemão tem mentalidade diferente…É mais complicado. Nos três primeiros anos eu sofri um pouco. Aí levei um profissional para trabalhar lá. Ali eu comecei a me sentir bem melhor. Toda vez que tinha problema voltava até mais rápido.
Acho que ninguém quer ficar machucado. Se o torcedor sofre por perder um jogador, imagina o próprio jogador? Gosto de jogar futebol, é o que amo fazer. Eu tinha de ter respeitado meu corpo. Fiz uma sequência de jogos absurda, era um dos que tinha mais minutos jogados no ano… Por meu estilo de jogo, mais agressivo, de força, eu teria de ter tomado um cuidado maior. A vontade de jogar, estar no campo, é maior do que isso. Tenho que pensar para frente.
A princípio eu não iria. Era o jogo do descanso. Como eu vinha fazendo uma sequência muito grande, seria o jogo da folga. Conversamos, achamos melhor jogar e folgar no seguinte. Meus exames estavam normais.
É difícil dizer, não tem como dizer que se eu estivesse lá a gente ganharia. Muito complicado. Com certeza eu daria o máximo, porque era o meu sonho conquistar a Libertadores.
Decepção ou fracasso são palavras fortes, principalmente pela forma como fomos eliminados. Decepcionante seria se o time tivesse jogado mal, se a gente tivesse merecido ser eliminado. No meu modo de ver foi injusto. Com certeza era para nós estarmos nessa semifinal também.
É difícil. Eu estava no Pacaembu e tinha uma pessoa com iPad na mão. A gente viu o replay muitas vezes, era até engraçado. Ali na hora vimos que tinha sido legal o gol do Romarinho, que a bola tinha pegado na mão do zagueiro (Marín). Mas não adianta ficar chorando agora. Bola para frente. Podemos conquistar mais três títulos ainda nesta temporada.
Doeu porque eu poderia ter essa oportunidade. Não sei se estaria no grupo da Copa das Confederações, mas poderia ter tido uma chance antes. Pelo bom momento que vinha passando, estava jogando bem, achei que poderia me firmar. Mas não tem porque ficar lamentando…
Sempre falo que não adianta olhar muito lá na frente. Quero é olhar o próximo degrau, voltar bem, voltar a jogar, a ter o ritmo, me sentindo bem fisicamente… Estas coisas acontecem naturalmente. Meu futebol evoluiu e as coisas vão acontecer naturalmente. Vão vir títulos, gols…
Fonte: Lancenet