Ídolo da Fiel, Gamarra era mais um dos libertados no Pacaembu na decisão da Libertadores

Danilo Vieira Andrade

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Há um ano, milhões de corinthianos em todo o mundo e outros milhares no estádio do Pacaembu viviam o clima da decisão da Copa Libertadores. No palco da final, sentindo as mesmas tensões e vibrações da Fiel, um inesperado seguidor do clube acompanhava tudo das cadeiras numeradas. Gamarra, que fez história com a camisa do Timão no final da década de 90, era mais um dos libertados.
Gerente de futebol do Rubio Ñu, do Paraguai, o ídolo Carlos Alberto Pavón Gamarra não esconde seu carinho pelo Timão. Desde a sua saída em 1999, acompanha o clube. ‘Sempre tive um carinho muito grande pelo Corinthians e o costume de acompanhar a trajetória do clube no estádio, televisão ou internet. Assisti todas as partidas da Libertadores de 2012, mas fiz questão de comparecer ao Pacaembu no dia 04 de julho. Não queria incomodar ninguém, por isso corri atrás dos ingressos para mim, minha filha e o meu sobrinho. Eles dois são paraguaios, mas são fanáticos pelo Corinthians’, contou Gamarra.
Sempre atento aos passos do Timão nas edições das Libertadores que antecederam 2012, o antigo zagueiro alvinegro já havia afirmado em 2010 que o Corinthians era favorito ao título. O título não veio, mas Gamarra se manteve próximo e, em 2012, viu uma mudança de atitude.
© Pisco Del Gaiso/Placar
Gamarra recebeu a Bola de Prata como melhor zagueiro do Campeonato Brasileiro em 1998
‘Acreditava no Corinthians de 2010, mas em 2012 é que eu tive a certeza. Com um estilo de jogo no qual o time defende muito bem e chega rápido ao ataque, as coisas ficam mais fáceis. O jogo coletivo imposto pelo Tite foi muito bom taticamente. Era um time mais forte e com plenas condições de buscar o título. Eu, como ex-zagueiro, também não poderia deixar de elogiar e muito o sistema defensivo que tomou apenas quatro gols durante a campanha’, analisou o paraguaio.
Nas cadeiras numeradas do Pacaembu, no dia 04 de julho, Gamarra esteve ao lado da Fiel e presenciou a realização do sonho no calor da torcida. ‘Fiquei muito feliz com a conquista da Libertadores, o clube e a torcida precisavam disso. Mesmo no Paraguai, sofri e acompanhei tudo. No dia da final, tudo foi muito marcante para mim. Desde o reconhecimento da torcida pelo meu tempo de Corinthians até a sensação de abraçar pessoas que nunca vi na vida e estavam tão felizes quanto eu. É diferente estar do outro lado’, encerrou.