Tite pode se isolar como técnico mais vencedor do Corinthians

Danilo Vieira Andrade

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Tite comemora a vitória sobre o Chelsea, que deu ao Timão o
título Mundial | Daniel Augusto/Ag. Corinthians
Independentemente do que vai acontecer nesta quarta-feira, às 22h, no Pacaembu, o nome de Tite já está gravado em um espaço cativo na história do Corinthians. Mas, se deixar o estádio com o título da Recopa, contra o São Paulo, atingirá um status que nenhum outro treinador conseguiu na história do clube.
Caso erga mais uma taça pelo Timão, Tite deixará o lendário Oswaldo Brandão para trás, com cinco conquistas contra quatro do comandante alvinegro, que passou pelo clube do Parque São Jorge nas décadas de 50, 60, 70 e até 80.
Gaúcho como Brandão, Tite fica bastante satisfeito com mais essa chance de quebrar uma marca histórica pelo Corinthians, mas prefere, como sempre, não exaltar somente o próprio trabalho. Os parceiros nesses quase três anos de clube são sempre lembrados por ele.
‘Fico muito feliz, é o reconhecimento por tudo o que fiz. É uma honra chegar perto do Brandão. Mas tenho de agradecer ao suporte do Andrés (Sanchez, ex-presidente do clube), depois ao doutor Mario (Gobbi, presidente atual), aos outros dirigentes, funcionários e jogadores. E dizer, também, que ainda não tem título. Tem de trabalhar duro amanhã (quarta)’, falou o treinador.
Importância/ Para o torcedor mais jovem, Tite já está à frente de qualquer outro concorrente na lista de títulos importantes para o clube. Ele ganhou os campeonatos mais relevantes da atualidade, entre eles a inédita Libertadores -; e invicto, ainda por cima. Enquanto Brandão ganhou dois Rio-São Paulo e dois Paulistas (veja mais na arte abaixo).
Mas é preciso contextualizar um pouco esta análise. Nos três primeiros títulos de Brandão (dois em 1954 e um 1966), não havia o Brasileiro nos moldes atuais -; o torneio foi criado em 1971. Os campeonatos estaduais e regionais eram muito mais importantes para o clube.
Outro capítulo à parte é o título do Campeonato Paulista de 1977, sobre a Ponte Preta. A conquista quebrou o incômodo jejum de quase 23 anos sem títulos do clube. Na época, o gol salvador de Basílio foi tão ou mais comemorado do que os de Sheik na final da Libertadores.
Ficha técnica
Corinthians
4-2-3-1
Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Guilherme; Romarinho, Danilo e Emerson; Guerrero
T: Tite
São Paulo
4-3-3
Rogério Ceni; Douglas, Edson Silva, Lúcio e Juan; Wellington, Denilson e Jadson (Ganso); Aloísio, Osvaldo e Luís Fabiano
T: Paulo Autuori
RECOPA > JOGO DE VOLTA
Onde: Pacaembu, em São Paulo, às 22h
Juiz: Paulo César de Oliveira (SP)
TV: Globo