As cinco partidas sem vitória do Corinthians no Campeonato Brasileiro são fruto de uma queda coletiva de rendimento técnico, na visão do diretor de futebol Roberto de Andrade. Em entrevista coletiva, ele negou a existência de uma crise no Alvinegro, mas pediu empenho nos próximos dias para que a equipe retome o caminho dos triunfos. Neste domingo, o Timão enfrenta o líder Cruzeiro no Pacaembu.
‘Não vejo o atual momento como uma crise. Vocês [imprensa] gostam de frisar essa palavra quando a vitória não chega. Estamos passando por uma queda de rendimento coletiva. Quando isso acontece, os outros times, muito bem preparados, criam dificuldades. Isso aconteceu com o Náutico [empate por 0 a 0, no último dia 8]. Não fizemos um grande jogo, mas eles tiveram uma postura de dificultar a vida do Corinthians. Isso você só supera com muito trabalho. É treinar, treinar e treinar’, disse nessa quinta-feira.
Roberto de Andrade também fez questão de afastar qualquer hipótese de problemas disciplinares dentro do elenco. E mesmo com o diagnóstico da ‘queda de rendimento’ em mãos, ele não esconde a surpresa com a atual situação da equipe, sem precedentes desde a eliminação da fase preliminar da Libertadores, em fevereiro de 2011, pelo Tolima.
‘Aqui no Corinthians não existe problemas de disciplina, relacionamento’, disse. ‘A gente fica intrigado. Se fosse alguma coisa nesse sentido, a gente resolveria. É uma queda de rendimento coletivo, físico. Se fossem dois, três jogadores atuando mal, o resto compensaria’, disse.
Um dos símbolos da má fase corintiana é Alexandre Pato. O jogador foi contratado no começo do ano por R$ 40 milhões, mas virou um dos principais alvos da torcida por conta das atuações irregulares e dos gols perdidos – em 44 jogos pelo clube, ele balançou as redes 15 vezes. Mas se confia na recuperação do elenco, Roberto de Andrade também acredita no crescimento técnico do atacante.
‘Eu acho que o Pato ainda está se adequando. Pode ter uma demora maior do que o normal, mas ele está evoluindo e cumprindo uma função que nunca fez no Internacional e muito menos na Europa. Quando os resultados não vêm, a cobrança é maior em jogadores dessa expressão’, encerrou.
Fonte: Gazeta Esportiva