Bastidores pós-Criciúma enchem Timão de confiança antes de decisão

Não foi só com os três pontos que o Corinthians voltou de Itu, no último sábado, após bater o Criciúma. Apesar do sufoco no fim e o futebol nada brilhante da equipe no Novelli Júnior, o feito mais comemorado por atletas, diretoria e comissão técnica foi a volta da confiança, que faltava há tempos.

O clima de esperança e motivação tomou conta do ambiente depois da vitória por 1 a 0. Atletas entraram no vestiário vibrando, gritando e com a certeza de que a volta por cima começou. O assunto Grêmio, rival de quarta-feira, pela volta das quartas de final da Copa do Brasil, na Arena, veio à tona, e a confiança na classificação é unânime.

– A gente sempre retoma o padrão. Essa vitória traz confiança, que é o que faz a nossa equipe voltar a jogar bem. É um caso pontual, pelo envolvimento no jogo e o quanto traz de peso e responsabilidade – disse o técnico Tite, após a vitória em Itu.

Depois de bancar o comandante alvinegro no cargo, na última quinta-feira, a diretoria compartilha do mesmo sentimento. Em conversas informais no interior, membros da cúpula afirmaram que não têm dúvidas de que a equipe voltará de Porto Alegre com a classificação porque já mostrou ser muito boa de decisões em outras oportunidades.

A fragilidade ofensiva do rival gaúcho também conta. Em contato com o LANCE!Net, jogadores do elenco, mesmo antes da partida contra os catarinenses, lamentaram o fato de a equipe não ter matado o jogo no duelo pelo BR-13, na semana passada, também na Arena Grêmio. Na oportunidade, o Timão dominou a primeira etapa e, com o adversário mais ofensivo na segunda, tomou o gol derradeiro do 1 a 0.

– Ganharam o primeiro, mas agora vai ser diferente. É bom que eles cheguem confiantes, vamos virar a história. Temos tudo para reverter – disse um dos líderes do elenco.

O fato de o Corinthians não ter apresentado bom futebol contra o Criciúma também é consenso no clube. Mas, por conta da pressão das últimas semanas e a postura defensiva do rival, reconheceram as dificuldades. Com qualidade de campeões mundiais, o Timão quer recuperar seu futebol e garantir a classificação para a semifinal.

Apesar da vitória, acha que faltou jogar bem contra o Criciúma?
Eu queria que a gente continuasse como no primeiro tempo até fazer gol e repetir esse padrão. Foi o tempo todo consistente. Mas depois que fez o gol o sentimento era de “termina o jogo logo!”. Eu disse para eles: “Vão jogar, vão jogar…”. Existem jogos pontuais em que só a vitória é necessária.

Um tropeço complicaria as coisas e abaixaria ainda mais a moral da equipe para pegar o Grêmio?
É uma pergunta no condicional negativo. Esse jogo era pontual. Gostaria de manter o desempenho o jogo todo. Mas tinha todo o envolvimento emocional. Vou colocar transpiração antes da razão. Meu time teve essa característica.

Qual a importância da volta do Renato Augusto?
É o cara para criação e finalização. Ele dá uma outra opção além de Danilo e Douglas. Renato dá mais mobilidade para jogar no lado. É um jogador mais técnico, que tem movimentação, que sustenta na frente para ter aquele processo de criação da última bola.

Está mais aliviado?
Em termos pessoais, sim. Não tem hipocrisia. Mas é o conjunto: diretor, jogador, torcida… Todos.