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| Xodó, Romarinho tem sido cobrado pela torcida (Foto: Alan Morici/LANCE!Press) |
Romarinho não goza do mesmo prestígio que o transformou em xodó da torcida e talismã no Corinthians. Durante a sequência de oito jogos sem vitória no Brasileirão, interrompida na última quarta, ele foi um dos mais questionados internamente pela comissão técnica e também pela Fiel.
Com 56 partidas na temporada, ele só não jogou mais do que o zagueiro Gil (57). No período de crise, entretanto, o atacante voltou a perder a condição de titular, que havia conquistado em março.
– O Corinthians não é um time rodado, que tem casca. Romarinho era coadjuvante, agora é protagonista, é um peso maior para ele – analisou Tite.
No empate por 0 a 0 com o Grêmio, pelo duelo de ida das quartas de final da Copa do Brasil, e na vitória por 2 a 0 sobre o Bahia, no meio desta semana, o camisa 31 iniciou ao jogo no banco de reservas. Neste domingo, contra o Atlético-MG, pelo Brasileirão, ele deve voltar a ser titular só porque Emerson está suspenso e Pato viajará com a Seleção Brasileira para a Coreia do Sul.
Em má fase técnica, Romarinho colecionou gols incríveis perdidos nos últimos jogos e gerou revolta da torcida que o considerava xodó. Após a goleada por 4 a 0 sofrida para a Portuguesa, no último domingo, ele e Sheik foram xingados na saída do ônibus do estádio Morenão, em Campo Grande.
Com 100% de participação nos 25 jogos do Brasileirão deste ano (19 como titular e seis como reserva), ele fez apenas um gol – na goleada por 4 a 0 sobre o Flamengo, no Pacaembu, no dia 1 de setembro, data do aniversário do clube.
Tática e técnica
No Corinthians, algumas teorias surgem para a má fase de Romarinho. Na comissão técnica, há quem ache que o jogador foi eleito por Tite como o ‘novo Jorge Henrique’, com a missão de ajudar na marcação, colocando o ataque em segundo plano.
Neste ano, o camisa 31 já atuou como armador centralizado na linha de três do meio, pelas pontas, como o homem de velocidade que também ajuda na marcação, e até como a referência do ataque, no empate por 0 a 0 com o Náutico, no Pacaembu, quando desperdiçou diversas chances.
Sua capacidade de finalização também já foi criticada após desempenhos pífios em treinamentos no CT Joaquim Grava. Apesar de gols com grande técnica, como os da decisão da Libertadores diante do Boca Juniors (ARG) e no empate diante do Palmeiras pelo Paulistão deste ano, ele é visto como um jogador que não sabe fazer muitos gols. Até por isso Tite o escala no meio de campo.
De acordo com o ‘Footstats’, o jogador finaliza muito pouco por partida. Sua média por jogo é de 0,6 finalização certa e 0,7 finalização errada.
Romarinho, que sempre teve atuações regulares e era elogiado pela frieza (até excessiva) em momentos de pressão, vive seu momento mais conturbado no Corinthians. Com a cobrança da torcida, ele evitou em jogos recentes no Pacaembu o contato na zona mista e escapou por uma outra saída do estádio.
A chegada de Rodriguinho, ex-América-MG, que tem características semelhantes, aumenta sua obrigação de retomar o bom futebol. No setor, a concorrência é com Danilo, Douglas, Sheik e Pato.
Fonte: Lancenet
