Com chances remotas de chegar à Libertadores e em má fase técnica, o Corinthians pode se arrastar em campo nos seus últimos sete jogos, mas não deveria. Sem os líderes do torneio ou os rivais pela frente, Tite e companhia podem usar a reta final do Campeonato Brasileiro para mostrarem serviço pensando em 2014.
Até o fim do ano, o Corinthians vai enfrentar Vitória, Coritiba, Flamengo e Náutico fora de casa e Fluminense, Vasco e Inter em casa (o primeiro jogo ainda deve ocorrer no interior por conta da punição imposta pelo STJD). Nenhum dos rivais está no G-4, e os clássicos já ficaram para trás.
Não é difícil imaginar, portanto, que o Corinthians consiga usar o período para estabilizar a má fase, que afeta o time desde o início de setembro. O sonho da Libertadores pode servir de motivação, mas hoje o time está a sete posições e 11 pontos da zona de classificação, o que torna essa possibilidade remota.
Os jogadores e o próprio técnico Tite, porém, têm muito a fazer neste fim de ano. O comandante e a diretoria devem decidir, no período, o futuro do comando alvinegro, já que as conversas sobre renovação contratual ainda não começaram.
Atletas como Alexandre Pato, Romarinho, Danilo e Emerson Sheik, que estão em xeque, também serão avaliados nessa sequência. Embora todos tenham contratos mais longos, a manutenção do mau momento pode incentivar o clube a negociá-los na próxima janela de transferência.
‘O principal [objetivo] é realmente a Libertadores, o segundo é terminar o ano de forma digna. Para alguns é ter a oportunidade de continuar’, disse Renato Augusto, defendendo que a mudança no elenco não seja tão drástica. ‘Não acredito que venha a mexer tanto assim no time. Tivemos um grande primeiro semestre e o segundo foi ruim. Um ano com dois títulos não é um ano tão ruim. Depois de uma sequência de títulos é normal que caia o ritmo’, concluiu.
O meia, que está retornando de uma artroscopia no joelho direito, sua terceira lesão em 2013, é um dos que pode aproveitar o fim do Brasileiro. Embora ainda esteja bem cotado com a torcida e a diretoria, Renato Augusto pode reforçar seu status de melhor nome do meio-campo alvinegro, passando segurança de que pode assumir um papel de protagonista no ano que vem.
‘Infelizmente, não consegui ter a sequência que eu queria. Toda vez que começava a ter um sequência boa acontecia alguma coisa. Não pude ter dez, 15 jogos em um nível alto. Para mim ainda falta muito [para ser ídolo]. Não conquistei nada, só um Paulista e uma Recopa. Se olhar para o Sheik, Fabio [Santos] e o Alessandro, não sou nada’, disse Renato.
Fonte: UOL
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