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Gil foi o destaque do Corinthians em 2013 (Foto:Alan Morici/ LANCE!Press) |
Na escolha do melhor de um time, os votos geralmente ficam para meias ou atacantes. No Corinthians, Gil quebrou esse paradigma na última temporada. Com fase técnica acima da média, regularidade – disputou 70 de 75 jogos da equipe – e condição física invejável, o camisa 4 foi o “Bola de Ouro” do Timão em 2013 e é a referência do time de Mano Menezes.
– Isso (ser Bola de Ouro do Corinthians) quem tem de responder não sou eu, mas a torcida, imprensa, treinadores… Acho que consegui fazer bem o meu papel em 2013, mas outros jogadores também foram bem e merecem destaque. Não conseguimos todos os títulos que esperávamos, mas com certeza isso vai mudar em 2014 – afirmou o zagueiro em entrevista ao LANCE!Net.
Nesta segunda-feira à tarde, Gil acompanhou do CT Joaquim Grava o português Cristiano Ronaldo, do Real Madrid (ESP), ser eleito o melhor do mundo de 2013 em cerimônia realizada pela Fifa. Pela manhã, Gil já havia “colocado no bolso” os atacantes do elenco em atividade de duelo ataque x defesa. No mano a mano, ninguém conseguiu passar por ele. Quando a dificuldade aumentou (dois atacantes contra um defensor), ele ainda assim se sobressaiu.
O jogador, que teve uma temporada passada sem lesões, começou 2014 impressionando a nova comissão técnica de Mano Menezes. Assim como logo que chegou contratado do Valenciennes (FRA), ele está acima da maioria dos companheiros nos exercícios físicos.
Na zaga titular do Timão ao lado de Paulo André, na maioria das partidas, e também Chicão e Felipe, Gil foi o responsável pela melhor defesa do Brasileirão, com apenas 22 gols sofridos em 38 rodadas.
Para este ano, ele já escolheu o prêmio que quer receber: uma convocação para a Seleção Brasileira.
EXCEÇÃO EM 2006
O zagueiro Fabio Cannavaro, capitão da seleção italiana campeã do mundo em 2006, foi o único defensor que conquistou a Bola de Ouro na história do prêmio. Fora ele, apenas o também italiano Paolo Maldini figurou entre os três finalistas, ao ficar em segundo em 1995, atrás de George Weah.
BATE-BOLA: GIL
Zagueiro do Corinthians, ao LANCE!Net, por meio da assessoria de imprensa
‘Cristiano se destacou mais e mereceu ganhar’
Por que considerou 2013 o melhor ano de sua carreira?
Consegui me adaptar rapidamente ao Corinthians, conquistamos títulos e o time levou poucos gols na temporada. Por tudo isso considerei a minha melhor temporada. Toda a equipe também ajudou, assim como a comissão técnica e o apoio dos torcedores.
Consegui me adaptar rapidamente ao Corinthians, conquistamos títulos e o time levou poucos gols na temporada. Por tudo isso considerei a minha melhor temporada. Toda a equipe também ajudou, assim como a comissão técnica e o apoio dos torcedores.
Quais grandes atacantes você teve de marcar? E o mais difícil?
Não tem um mais difícil, pois cada um tem sua característica e impõe certas dificuldades. Ronaldo, Fred e Neymar estão entre os mais difíceis. Na Europa, eu destacaria Brandão, Ginac e Giroud.
Não tem um mais difícil, pois cada um tem sua característica e impõe certas dificuldades. Ronaldo, Fred e Neymar estão entre os mais difíceis. Na Europa, eu destacaria Brandão, Ginac e Giroud.
Achou a Bola de Ouro para o Cristiano Ronaldo merecida?
Acredito que sim. Os três finalistas fizeram grandes temporadas e poderiam levar, mas o Cristiano se destacou um pouco mais e foi merecedor. Chegou várias vezes entre os primeiros e agora ganhou, é um sinal de que teve regularidade.
Acredito que sim. Os três finalistas fizeram grandes temporadas e poderiam levar, mas o Cristiano se destacou um pouco mais e foi merecedor. Chegou várias vezes entre os primeiros e agora ganhou, é um sinal de que teve regularidade.
Você gosta de jogar com o Real Madrid no video game, não?
Real e PSG. Quando jogo com o Real, o Cristiano sempre vai bem. É um dos melhores do jogo e não tem como ele não se destacar (risos).
Real e PSG. Quando jogo com o Real, o Cristiano sempre vai bem. É um dos melhores do jogo e não tem como ele não se destacar (risos).
‘BOLA DE OURO’ NOS ANOS ANTERIORES
Emerson Sheik (2012)
Decisivo contra o Santos e o Boca Juniors nas decisões da Libertadores. Herói do título inédito.
Decisivo contra o Santos e o Boca Juniors nas decisões da Libertadores. Herói do título inédito.
Paulinho (2011)
Firmou-se como titular e virou peça-chave da equipe campeã do Brasileirão. Pela primeira vez foi convocado para a Seleção.
Firmou-se como titular e virou peça-chave da equipe campeã do Brasileirão. Pela primeira vez foi convocado para a Seleção.
Elias (2010)
Ao lado de Ralf e Jucilei, foi o grande destaque da equipe, que não ganhou títulos. Foi bem em clássicos – contra o São Paulo, mais ainda.
Ao lado de Ralf e Jucilei, foi o grande destaque da equipe, que não ganhou títulos. Foi bem em clássicos – contra o São Paulo, mais ainda.
Ronaldo (2009)
Dentro e fora de campo, foi o “dono” da equipe que conquistou o Paulistão de forma invicta e a Copa do Brasil. Craque de volta!
Dentro e fora de campo, foi o “dono” da equipe que conquistou o Paulistão de forma invicta e a Copa do Brasil. Craque de volta!
Dentinho (2008)
Cria da base, foi o titular de Mano na fase de reconstrução. Acabou a temporada como o artilheiro da equipe.
Cria da base, foi o titular de Mano na fase de reconstrução. Acabou a temporada como o artilheiro da equipe.
Felipe (2007)
O ano trágico, marcado pelo rebaixamento no Brasileirão, teve uma descoberta: o bom goleiro que havia chegado do Bragantino.
O ano trágico, marcado pelo rebaixamento no Brasileirão, teve uma descoberta: o bom goleiro que havia chegado do Bragantino.
Fonte: Lancenet