A entrevista coletiva desta sexta-feira, antevéspera do dérbi Corinthians x Palmeiras, pela oitava rodada do Campeonato Paulista, tinha como tema a paz entre os rivais, mas era impossível esquecer de dois episódios recentes de provocação em clássicos do futebol do estado.
Há dois anos, pelo Brasileirão, Romarinho, que tem fama de algoz palmeirense, revoltou os jogadores adversários ao comemorar o primeiro gol da vitória corintiana por 2 a 0 em frente à torcida organizada Mancha Alvi Verde.
Já em 2014, no clássico da quinta rodada do Paulista, entre Palmeiras e São Paulo, Valdivia marcou de cabeça, saiu para festejar com os torcedores de seu time em um lado da arquibancada do Pacaembu e em seguida fez questão de atravessar o campo até o outro lado do estádio passando diante do goleiro Rogério Ceni. O são-paulino não gostou e tentou dar uma rasteira no chileno.
Para o técnico do Corinthians, Mano Menezes, casos como o de Romarinho devem ser condenados. ‘Não tem sentido fazer gol e não ir comemorar na frente da sua torcida, mas com a torcida do adversário. Afinal, você faz gol pra quem? A reação pode ser desproporcional, então, tem que ser inteligente e não fazer isso.’
Sobre possíveis provocações de Valdivia, Mano pede sabedoria. Inclusive se o meio campista tentar o lance que é sua marca registrada, o chute no vácuo. Em 2011, na última rodada do Brasileirão, o ex-corintiano Jorge Henrique incorporou o chute no vácuo nos acréscimos do empate por 0 a 0 com o Palmeiras e iniciou uma confusão que acabou com Leandro Castán e Joao Victor expulsos.
‘Se o Valdivia acha que chute no vento é um fato a mais pra ele, até para desequilibrar o adversário, tem que fazer. Nós que temos que ser bons a ponto de não cair na tentativa dele’, afirma Mano.
‘A sempre exige disciplina, não queremos que ídolos sejam denegridos. O que vale para Valdivia e Romarinho é o futebol que podem exercer por suas equipes. Mas não podemos engessá-los. Tem que ter manifestação sadia, a gente prega o respeito sempre’, acrescentou Gilson Kleina, comandante do Palmeiras, ao lado de Mano e de Paulo Nobre, presidente palmeirense e Mario Gobbi, presidente corintiano, em entrevista coletiva no Estádio do Pacaembu.
Fonte: ESPN