Corinthians aprova empréstimo de R$ 70 milhões para pagar atrasados e vencimentos

Danilo Vieira Andrade

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Gobbi termina a gestão em fevereiro de 2015 | Ag. Corinthians

O Corinthians conseguiu aprovar um pedido empréstimo de R$ 70 milhões em seu Conselho de Orientação (Cori), na noite desta terça-feira. O encontro teve a presença do presidente Mario Gobbi e seu diretor de finanças, Raul Corrêa da Silva. De acordo com a explicação dos dirigentes aos membros do órgão, o dinheiro será usado para pagar direitos de imagens atrasados, folha salarial e impostos até fevereiro de 2015, quando a gestão terminará.

O clube irá realizar a mesma operação feita pelo São Paulo recentemente, recebendo os recursos solicitados por meio de um FDIC (Fundo de Investimento em Direitos Creditórios), que abate posteriormente o dinheiro recebido de cotas de televisão. Por meio dessa transação, o valor líquido que será recebido é de cerca de R$ 53 milhões – R$ 17 milhões são de juros.

O time do Parque São Jorge paga, em média, cerca de R$ 3 milhões por mês em impostos para manter em dia suas Certidões Negativas de Débitos (CNDs), condição que lhe permite receber o patrocínio da Caixa Econômica Federal, por exemplo. Até as próximas eleições, portanto, aproximadamente R$ 21 milhões devem sair dos cofres da equipe para esse fim.

Outra preocupação citada durante a reunião tem a ver com um acordo recente feito pela direção do alvinegro. Segundo o blog do Rodrigo Mattos, a Justiça Federal cobrou do Corinthians cerca de R$ 120 milhões de impostos atrasados e teve como garantia de pagamento uma parte do faturamento, como penhora, se houver inadimplência.

Além disso, a construção do novo estádio tem financiamento do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), com intermediação da Caixa Econômica Federal, que também exige contas em dia para o procedimento.

Em relação aos direitos de imagens atrasados, a reportagem tentou falar com o diretor de finanças para saber qual é o valor da dívida, mas não conseguiu fazer o contato. No início do ano, Raul Corrêa da Silva afirmou que o débito era de cerca de R$ 10 milhões, envolvendo Pato, Ralf e Emerson Sheik.

Fonte: ESPN