Gobbi quer aprovar empréstimo de até R$ 90 mil (Foto: Reginaldo Castro/LANCE!Press) |
A pedido do presidente Mário Gobbi, o CORI (Conselho de Orientação) do Corinthians vai discutir nesta terça-feira à noite a aprovação de um pedido de autorização de empréstimo de até R$ 90 milhões (R$ 20 milhões a mais do que o valor divulgado inicialmente). O encontro será realizado no Parque São Jorge e contará com a presença do ex-presidente Andrés Sanchez.
O pedido de autorização do empréstimo não tem ligação com a Arena Corinthians. O valor poderá ser usado para acerto de dívidas com parceiros, pagamento de salários, bônus e direitos de imagem atrasados, contratações de jogadores ou até pagamento de impostos. De acordo com o balanço de 2013, o clube tem uma dívida fiscal de R$ 120 milhões.
– Ainda não sabemos o verdadeiro motivo do pedido do empréstimo, nada foi detalhado até agora. Infelizmente, só vamos descobrir na hora da reunião. O ideal era termos todos os detalhes antes. Mas, vale ressaltar, só vamos aprovar o empréstimo se analisarmos que ele será mesmo necessário. O pedido precisa ser plausível – declarou Alexandre Husni, presidente do CORI, ao LANCE!Net.
Segundo os cálculos realizados pelo departamento financeiro do Timão, R$ 90 milhões é o valor máximo que o clube poderá precisar até fevereiro de 2015, último mês do mandato presidencial de Mário Gobbi. Mas isso também não significa que todo o dinheiro será usado pela atual diretoria. Transferências de jogadores e diminuição de gastos internos poderão sanar pendências e atuais obrigações.
DIRETOR FINANCEIRO É ALVO DE CRÍTICAS
A oposição do Corinthians e até mesmo parte da situação querem a saída do diretor financeiro Raul Corrêa da Silva. Alvo de críticas desde o início do ano, o dirigente, que ocupa o cargo na diretoria de 2007, perdeu moral nos bastidores depois que resolveu discutir a possibilidade de tornar-se candidato a presidente na eleição de 2014.
A última polêmica envolvendo Raul Corrêa da Silva e os conselheiros ocorreu em abril, durante reunião do Conselho. Na ocasião, o diretor não teria mostrado documentos suficientes para a aprovação das contas de 2013. Após longa discussão, os conselheiros só aprovaram o balanço com a garantia de que teriam acesso aos documentos dias depois. Até agora, Raul não repassou nada.
Fonte: Lancenet