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Jucilei não lamenta títulos perdidos após sair do Timão, mas quer voltar

Danilo Vieira Andrade

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Volante treina na Seleção: duas convocações em 2010 e poucos minutos em campo (Foto: Mowa Sports)

A eliminação do Corinthians na fase preliminar da Taça Libertadores de 2011, diante do Tolima, mexeu com o elenco do clube, que perdeu alguns jogadores que não imaginavam que a equipe daria a volta por cima e seria campeã brasileira meses depois, além de conquistar a América e o Mundo no ano seguinte. Jucilei foi um dos atletas negociados em fevereiro de 2011 e ficou fora do processo de reerguimento do Timão. Mas o que poderia ser motivo de arrependimento foi, para o volante, uma escolha acertada. Jucilei garante que nunca sofreu por não ter feito parte do grupo que entrou para a história do clube, levando em conta o “pé de meia” que começou a construir com a saída para o Anzhi.

– Eu acho que fiz a opção certa. Não me arrependo de nada que fiz. Era o momento de sair, e a proposta foi boa para as duas partes. Não ganhei os títulos, mas fiz meu trabalho. O negócio é você estar bem estruturado, com dinheiro na conta, e sua família estar bem. Sei que título é bom, mas quando veio a proposta do Anzhi, não pude recusar. A oportunidade é uma só. Tenho que fazer meu pé de meia, tenho dois filhos – disse o jogador ao GloboEsporte.com, revelando que teve propostas de Napoli e Fulham na época, mas optou pelas vantagens financeiras do Anzhi.

A saída de Jucilei do futebol brasileiro não apenas o privou de conquistar títulos históricos pelo Corinthians, mas também representou o fim de seu sonho de continuar na seleção brasileira, na época comandada por Mano Menezes. Ao rumar para o futebol russo, o volante acabou deixando a vitrine nacional, depois de ter sido chamado pelo técnico em duas oportunidades em 2010 – o que não o preocupou muito, uma vez que só foi escalado duas vezes a minutos do fim.

– Seleção é o sonho de todo mundo, mas temos que pensar no financeiro, senão acaba a carreira e já viu. E eu não tive oportunidade de mostrar potencial na Seleção. Como vou mostrar em cinco minutos, como foi contra EUA e Argentina?. Todos os outros convocados tiveram chance de mostrar serviço, mas eu não – lamentou o volante, que entrou em campo contra os norte-americanos aos 45 minutos do segundo tempo e, contra os argentinos, aos 40 da etapa final, em agosto e novembro de 2010, respectivamente.

Com a crise do Anzhi, que decidiu se livrar de boa parte de seus jogadores por escolha do dono do clube, Suleyman Kerimov. Jucilei também deixou a Rússia no meio do ano passado e quase retornou para o Brasil, mas sua negociação com o São Paulo falhou. Então, novamente optou pelas vantagens financeiras do Al Jazira, dos Emirados Árabes. Mas no mundo árabe o jogador também encontrou um bom desafio em termos técnicos: a disputa da Liga dos Campeões da Ásia.

O Al Jazira está nas oitavas de final da competição e precisa de uma vitória fora de casa nesta terça-feira diante do Al Ain, também dos Emirados Árabes, para avançar às quartas, já que a primeira partida terminou com vitória adversária por 2 a 1.

– Acho que dá pra chegar até as finais. Acho que a gente tem time pra brigar, para chegar. Contra o Al Ain é um clássico, mas dá para chegar – disse o brasileiro, sem tirar os pés do chão ao falar sobre uma possível disputa do Mundial de Clubes.

Aos 26 anos, Jucilei se encontra adaptado ao futebol árabe e não tem entre seus planos um retorno para o Brasil por enquanto. O que consegue visualizar após sua passagem pelo Al Jazira é apenas uma troca por outras ligas da região, como a do Catar e da Arábia Saudita. Jogar novamente em seu país é apenas uma ideia para quando estiver veterano.

Fonte: Globo Esporte