O “Arena SporTV” reuniu Luiz Paulo Rosenberg, vice-presidente do Corinthians, e Ruy Barbosa, diretor de marketing do São Paulo para um programa sobre o valor das camisas dos clubes brasileiros. Com clima cordial entre os dois, sobrou provocação para quem não tinha nada com o assunto: o Santos. De língua afiada, o corintiano alfinetou o estádio do clube praiano ao falar sobre a geração de receitas dos clubes.
– Cada clube é um clube. Um clube como o Corinthians tem obrigação de transformar a receita do estádio em alguma coisa perto de 40% (da arrecadação). Acabou de construir, o mais moderno, como queria (…) Já o Santos, coitado, com aquela Vila Belmiro, tem de esquecer que existe estádio e buscar na venda de jogadores a sua fonte de receitas – disse.
Um pouco antes, ao falar sobre a administração do Timão, o dirigente afastado disse que seria muito mais fácil se o clube fosse uma empresa e tivesse como único objetivo a obtenção de lucro. Com clube social ativo, o Timão se divide entre vários interesses:
– Temos três audiências para atender e de objetivos totalmente diferentes: o sócio, que é o principal, que toma sol nas piscina do clube, é representado por 5 ou 10 mil pessoas e que decidem o bem estar de 30 milhões de corintianos; em segundo, os que vão ao jogo, que são cerca de 200 mil pessoas em rodízio e que querem ingressos baratos e lugares maravilhosos. Mas cada vez que protejo quem vai ao estádio e tiro receita, prejudico a terceira parte, os 30 milhões que querem recursos para ganhar título. Essa democracia torta é perigosa. Se mudasse ficava muito claro, você usaria a marca valiosa para aumentar o lucro e o título passa a ser insumo. Há soluções alternativas, mas é o grande problema. De quem é o Corinthians? Dos 30 milhões, dos 200 mil ou dos 10 mil? Com times norte-americanos isso não existe. Eu prefiro trabalhar para 30 milhões – disse, citando as equipes dos EUA, onde os clubes são empresas.
Fonte: SPORTV