Os 19 gols marcados e a vice-artilharia do Campeonato Brasileiro de 2007 transformaram o uruguaio Beto Acosta em um dos nomes mais cobiçados para a temporada seguinte. O atacante jogava pela primeira vez no futebol brasileiro e ajudou o Náutico a fazer boa campanha naquele ano.
Rebaixado naquele ano, o Corinthians buscava um nome de impacto para recuperar a credibilidade e começar 2008 com um time forte e que seria montado por Mano Menezes. Acosta era o cara a ser trazido para mostrar que, apesar de jogar a Série B no ano seguinte, o time tinha prestígio na preferência dos atletas. Conseguiu contratar o uruguaio depois de vencer a concorrência contra Cruzeiro e os arquirrivais São Paulo e Santos.
Foi apresentado com pompa seis dias antes do Natal de 2007 como o “presente” festivo que afagaria a baixa autoestima da torcida depois do descenso. Mas Acosta foi mal e não conseguiu render o esperado. Virou reserva na temporada que era para ser estrela e nem ficou no plantel no ano seguinte. E não sabe explicar porque aquele jogador do Náutico nunca mais foi o mesmo.
“Eles apostaram muito em mim e tenho boas lembranças do Corinthians. O problema é que me machuquei muito, mas ficaram as boas lembranças. O Corinthians pagou tudo certo e não tenho nada para falar deles. As lesões atrapalharam, e o Corinthians foi muito significante para mim”, falou em entrevista ao UOL Esporte.
“Eu sempre conversava (sobre não render como antes) com o meu pai, que jogava bola também. No Náutico eu jogava mais solto e era mais fácil, entendeu? Eu chegava mais no ataque, e no Corinthians tinha outra posição. Mas as lesões me atrapalharam bastante’, continuou.
Acosta ainda não parou e quer em 2015 jogar mais uma temporada, quando terá 38 anos de idade. Para isso, tenta a renovação de contrato com o Santos da cidade de Macapá, capital do Amapá, onde jogou em 2014.
Participou com a equipe da região Norte da Série D do Campeonato Brasileiro, mas a equipe foi eliminada no começo de outubro, e, agora, Acosta já está de férias antecipada. Só resta renegociar seu contrato para poder disputar mais um ano no futebol profissional.
De agora até o final do ano, ficará apenas na expectativa e não tem muito o que fazer, de acordo com o que foi passado pela direção do clube. “O presidente pediu pra gente conversar em janeiro. Estou lá há dois anos, vamos ver”, falou. “Eu estou bem, fisicamente correndo bem.”
Fonte: UOL