Para fugir de apelido, Tite diz que estudou mais formas de treinar ataque

Danilo Vieira Andrade

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Tite sempre se mostrou incomodado com o apelido de “Empatite” ou com as perguntas sobre seus times marcarem poucos gols. Por isso, decidiu usar o período longe do futebol para encontrar alternativas. No ano em que ficou sem dirigir nenhuma equipe, o treinador aproveitou para estudar novas formas de trabalhar o ataque. É isso que pretende mostrar no Corinthians a partir de 5 de janeiro.

– Eu queria ter uma gama maior de trabalhos ofensivos para passar para os atletas, ser chato, exigente. Mas com aquela ideia de futebol equilibrado. Não consigo conceber só agressividade, assim como não consigo só marcação. Vamos ter uma variação maior de trabalhos ofensivos – prometeu, durante entrevista coletiva de apresentação no clube.

Tite não gosta de falar no assunto. Em 2012, ano em que conquistou quase tudo, se irritou ao ser questionado sobre a sequência de vitórias por 1 a 0. Disse que o tema “já estava chato”. Já em 2013, o Timão deu motivos. No Brasileirão, foi quem mais empatou entre os 20 participantes – 17 vezes. Teve o segundo pior ataque, com 27 gols marcados, mas acabou como a melhor defesa, com 22 sofridos.

Após não renovar contrato com o Corinthians no fim de 2013, Tite buscou conhecimento com treinadores que admira, como Carlo Ancelotti, do Real Madrid, e Carlos Bianchi, até então no Boca Juniors. Mesmo assim, promete não fazer grandes mudanças táticas no Timão. A ideia é manter o 4-2-3-1 usado por Mano Menezes em 2014.

– Bianchi me disse que nosso grande desafio é o equilíbrio, porque nossa atividade é extremamente exposta. Eu pensei: “Pô, se um cara com todo esse lastro coloca isso, não posso ficar me cobrando”. Com Ancelotti, vi coisas voltadas para o campo e como ter a lealdade com o grupo – exemplificou.
Agora, volta ao Corinthians renovado para tentar reconduzir o clube a novas conquistas. A começar pela fase prévia da Taça Libertadores, no início de fevereiro.

– Estou com uma invencibilidade de um ano. Venho invicto – gargalhou o treinador.

Fonte: Globo Esporte