Paolo Guerrero e a diretoria do Corinthians se reunirão a partir da próxima semana para discutir a renovação de contrato. Todas as reuniões feitas pelo ex-presidente Mário Gobbi Filho ficarão para trás. Roberto de Andrade, novo mandatário do Timão, quer iniciar uma nova negociação com o peruano, principalmente por conta da alta do dólar nos últimos meses.
Principal jogador do elenco nos últimos anos, Guerrero pediu US$ 7,5 milhões para assinar um novo vínculo de três temporadas, além de subir os salários de R$ 480 mil para R$ 500 mil. Em reais, o valor passaria de R$ 18 milhões. Na época, em outubro de 2014, a cotação da moeda americana era de R$ 2,41.
Hoje, a situação é outra e traria ainda mais dificuldades aos já problemáticos cofres corintianos. Se Guerrero firmasse novo contrato com o valor atual da moeda, embolsaria cerca de R$ 3 milhões a mais. Isso porque o dólar fechou a quarta-feira cotado a R$ 2,84. Assim, as luvas do jogador pulariam para R$ 21 milhões.
É por isso que o Corinthians aposta em uma nova negociação. Todas as conversas serão lideradas pelo presidente Roberto de Andrade. Sérgio Janikian, novo diretor de futebol, e Eduardo Ferreira, novo adjunto do departamento, participarão, mas o mandatário é quem tratará com os representantes do jogador. A direção corintiana não concorda com o pagamento do valor pedido por Guerrero.
Ainda na gestão Gobbi, o clube chegou aos R$ 13 milhões, mas os números foram recusados pelo centroavante. O jogador acredita que o Timão tem condições de subir a oferta, sobretudo por ter gastado R$ 41 milhões com Alexandre Pato, além dos salários de R$ 800 mil – como está emprestado ao São Paulo, o Alvinegro paga R$ 400 mil.
Guerrero garante que, no Brasil, só atuará no Corinthians, e diz que só começará a conversar com clubes do exterior depois de esgotar as negociações com o Timão. No Parque São Jorge, porém, a cúpula da diretoria acredita que o jogador tem em mãos alguma tentadora oferta da Europa, possivelmente da Alemanha.
O centroavante peruano tem contrato com o clube paulista até o dia 15 de julho. Caso não renove até lá, não terá condições de atuar na final da Taça Libertadores caso o Corinthians se classifique. Na semana passada, ele foi suspenso por três jogos pela Conmebol por agredir um jogador do Once Caldas e terá de cumprir mais uma partida de gancho, diante do San Lorenzo, na Argentina.
Fonte: Globo Esporte