Encontrar um lugar no time do Corinthians neste início de temporada será uma missão bastante complicada para os reservas. O meia Petros, titular do Timão no ano passado, tenta convencer Tite de que pode estar na equipe principal, mesmo disputando posição com Renato Augusto e Jadson. Se não conseguir, o jogador não descarta deixar o clube.
– Estava conversando com minha mãe. Saí de casa para ser vencedor. Abri mão dos meus estudos, da boa condição da minha família. Não vou fazer isso para ser mais um. Vou buscar meu espaço onde quer que seja. Se eu tiver que ficar, vou fazer tudo para conquistar meu espaço – afirmou Petros, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
Contratado do Penapolense no ano passado, Petros foi titular com Mano Menezes e viveu grande momento no segundo semestre. No entanto, com a troca de treinador, acabou indo para o banco de reservas. Tite vem montando o Corinthians no esquema 4-1-4-1 com dois jogadores de criação.
– Quem sou eu para falar do Tite? Tenho de trabalhar para convencê-lo. Preciso ter humildade para melhorar a cada dia. É uma questão de opinião, ele tem os métodos de trabalho dele. É um prazer trabalhar com ele, mas tenho de reconquistar minha posição. Daqui a pouco estou de volta – ressaltou.
O meia Petros, em treino do Corinthians (Foto: Daniel Augusto Jr / Agência Corinthians) |
Nas últimas semanas, porém, Petros passou a ser cotado para sair. Fernando Garcia, empresário que gerencia a carreira dele, falou publicamente que gostaria de negociá-lo e entrou em atrito com o gerente de futebol Edu Gaspar. Como as propostas não apareceram, o jogador permaneceu no Timão.
– Vocês (jornalistas) estão aqui todos os dias e perceberam mudança no meu trabalho? Não posso mudar a personalidade dele (Garcia). Ele é meu agente, meu amigo e vai brigar pelo melhor para mim. Eu não reclamei, não me manifestei, não faltei a treino. Espero que tudo tenha sido resolvido, porque preciso estar tranquilo. Questões externas não vão interferir no meu trabalho – disse o jogador.
Garcia também não tem boa relação com o presidente Roberto de Andrade, mas é bastante próximo do superintendente Andrés Sanchez, o que pode facilitar a permanência do jogador. Petros quer jogar. Não importa em qual clube.
– O que pode me seduzir? Tem de ser uma coisa boa para mim e para o clube. Tem de sair pelas portas da frente, com respeito e dignidade. Sedução não é a palavra certa. É oportunidade, situação. Mas (sair) não é minha pretensão.
Fonte: Globo Esporte