“A conta do estádio chegou e vocês estão aqui para me ajudar a pagar.” Com essa frase, o presidente do Corinthians, Roberto de Andrade, abriu um evento para 900 empresários e publicitários na noite de quinta-feira, pouco antes do jogo contra o San Lorenzo, na Arena Corinthians.
O encontro serviu para apresentar a arena alvinegra a gente com dinheiro e tentar alavancar a venda de camarotes e cadeiras. A iniciativa funcionou, porque 26 camarotes, com capacidade para 12 pessoas cada, foram reservados naquela noite — até ontem, oito foram vendidos por um ano, ao preço de R$ 340 mil cada. Outros 12 haviam sido comercializados anteriormente, restando 69.
Andrade ainda explicou aos convidados toda a operação financeira da arena, admitindo que a falta da receita com bilheteria tem dificultado a vida do clube — as arrecadações com jogos vão para um fundo do estádio, que pagará o financiamento de R$ 400 milhões.
Além dos camarotes, o Timão ofereceu aos 900 endinheirados alguma das propriedades na camisa. A publicidade na manga da camisa custa R$ 10 milhões, no omoplata sai por R$ 6 milhões e na parte de trás do calção, por R$ 3 milhões.
Uma equipe de vendas ficará de plantão na frente do estádio, a fim de fechar negócio. Tanto camarotes quanto os espaços publicitários na camisa podem ser pagos em suaves prestações. O preço também é negociável.
Andrés Sanchez era a principal figura do evento no estádio alvinegro, na quinta. Porém, ele chegou quase no fim. “Desculpe o atraso, mas, infelizmente, virei deputado e não consegui chegar antes”, justificou.
Dinheiro pelo ralo – O recorde de público da Arena Corinthians pós-Copa fez bem a quem nada teve a ver com o 0 a 0 de Corinthians e San Lorenzo. A Conmebol levou R$ 332 mil e a FPF ficou com R$ 166 mil, que equivalem a 10% e 5% da renda, respectivamente. A perda de mais de meio milhão de reais para as entidades enfureceu a diretoria.
Fonte: Jorge Nicola