A partir desta semana, Tite vai definir o substituto de Emerson Sheik diante do Guaraní (PAR), pela ida das oitavas de final da Libertadores, no dia 6 de maio, em Assunção. Tanto o camisa 11 quanto seu reserva imediato, Stiven Mendoza, foram expulsos no duelo contra o São Paulo, no Morumbi, pela última rodada do Grupo 2. O Corinthians terá nove dias para treinar uma nova formação.
Apesar de preferir um atacante de velocidade pela esquerda, o treinador alvinegro pode optar pelo meia Petros para o primeiro duelo das oitavas. O jogador, que atuou improvisado na lateral esquerda em alguns jogos do Paulistão, sabe cair bem pelo setor e reforçaria a marcação. Apesar de seu empresário, Fernando Garcia, tentar forçar sua saída para o Flamengo, o jogador tem moral com Tite. Ele atuou em 19 partidas na temporada, mesmo número de jogos de Gil e mais que Elias (18), Renato Augusto (18), Emerson (18) e Guerrero (18).
Uma segunda opção é a entrada de Danilo. O experiente meia faria Tite mudar o esquema para o 4-2-3-1, mas tiraria a velocidade do meio de campo, já que ele, Renato Augusto e Jadson não têm disposição para voltar e atacar o tempo todo. Pesa mais o fato de Danilo ser confiável para decisões e ter brilhado em todos os principais momentos da temporada quando solicitado.
Quem corre por fora é o jovem atacante Malcom, que era titular com Mano Menezes no fim do ano passado e perdeu espaço com Tite. O jogador não foi relacionado para os últimos jogos decisivos porque o treinador o considera abaixo aos concorrentes. Além da fase em campo, seu comportamento fora dele também tem sido tema da diretoria e da comissão técnica. Se estivesse bem, ele seria a solução mais lógica, com a função de Sheik.
POR QUE PETROS?
Sim: Versatilidade
O meia já fez a lateral esquerda por duas vezes no Paulistão e cai bem aberto pelo setor. Com ele, Tite reforça a marcação e pode dar mais liberdade a Renato Augusto e a Elias. Petros também tem velocidade para chegar bem ao ataque e pode ser um homem-surpresa.
Não: Conclusão
Apesar de chegar bem, ele não é efetivo e contundente no setor ofensivo. Tite projeta desde o início do ano o 4-1-4-1 com um jogador de velocidade pela esquerda e com Petros a equipe perde a válvula de escape. Timão também optaria por esperar mais o Guaraní do que atacar.
POR QUE DANILO?
Sim: Experiência
Com estrela, o jogador brilhou em quase todos os duelos decisivos em que foi colocado como titular. Tite também teria a segurança de um jogador tarimbado para um duelo com tamanha pressão. Danilo ainda pode revezar a função com Renato Augusto e até Jadson.
Não: Lentidão
Meio de campo poderia ficar muito lento com as presenças de Danilo, Renato Augusto e Jadson. Como o Guaraní gosta de atuar pelas pontas e aposta em um futebol rápido, sua presença pode dificultar o plano defensivo. Equipe também não teria velocidade no contra-ataque.
POR QUE MALCOM?
Sim: característica
Na teoria, é o jogador que tem característica mais parecida com a de Sheik e Mendoza e não mudaria o plano tático do 4-1-4-1 de Tite. Garoto têm folego suficiente para acompanhar laterais e ser o homem dos contra-ataques. Também encostaria mais em Guerrero na frente.
Não: Fase
Jovem não foi relacionado para os últimos quatro jogos decisivos da equipe (Ponte Preta, San Lorenzo, Palmeiras e São Paulo). Em má fase, tem sido preterido por outros atacantes e voltaria logo em um jogo importante. Seu comportamento fora de campo também tem desagradado.
PERUANO DE VOLTA
Se não terá Sheik nem Mendoza, Tite deve comemorar o retorno de Paolo Guerrero. O centroavante peruano está recuperado de dengue e treinou quinta e sexta-feiras. Ele retomará o condicionamento físico nesta semana para estar apto para as decisões pela Libertadores. Vagner Love volta para o banco.
Fonte: lancenet