O Corinthians ficou no empate com o XV de Piracicaba por 2 a 2 nesta quarta-feira, mas vai ao mata-mata do Campeonato Paulista invicto e com a melhor campanha do Campeonato Paulista. Adversária pelas quartas de final no próximo fim de semana, em Itaquera, a Ponte Preta mereceu elogios e respeito de Tite. Mas, por outro lado, ele reclamou sobre a possibilidade de a partida ser marcada para as 11h de domingo. A Federação Paulista confirmará data e horário na quinta.
“Todo o mundo que está ouvindo já jogou uma peladinha às 11h da manhã e sabe a resposta. Todos nós sabemos. Senhor, tu, que está ouvindo, já jogou e sabe como é ruim. Não dá para se alimentar direito, o nível de concentração é menor. Não dá, não dá. Se tiver que jogar, vou fazer o quê? Mas não é o ideal. Não é. (…) Vamos ter bom senso. Não sei a solução, mas 11h da manhã não dá”, reclamou.
Tite, além disso, fez elogios ao adversário. “A Ponte vem bem dirigida pelo Guto (Ferreira, treinador), tem transições rápidas pelos lados e apresenta um futebol de qualidade. Nós não enfrentamos, mas estou observando. Há um grau de dificuldade grande e mobilização total. Em um jogo só, a margem de erro é pequena. A defesa precisa de cobertura e temos de ser efetivos na frente”, comentou o treinador corintiano.
Questionado se o Corinthians terá o rival mais duro entre os grandes na próxima fase, já que a Ponte Preta está na primeira divisão nacional, Tite evitou admitir. “Não fiz todo o acompanhamento, mas vocês (jornalistas) talvez possam falar mais que eu, com mais subsídios. Estamos nos preparando para tudo que vai acontecer nos jogos”, lembrou.
Em relação ao empate contra o XV de Piracicaba, melhor que o Corinthians em boa parte do confronto, Tite ressaltou os pontos positivos. O Corinthians saiu em desvantagem, construiu o marcador de 2 a 1 e permitiu a igualdade. “Não queria sair perdendo, mas a equipe teve maturidade e em cima de diversas situações vai conseguindo suplantar. Conseguimos virar um placar, isso dá confiança aos atletas e aquele grau de crescimento vai acontecendo”, analisou.
Tite ainda lembrou da maratona do Corinthians, que somou 12 jogos em cinco semanas. Por conta disso, ele optou por poupar praticamente todos os titulares da viagem – exceção feita a Emerson, Felipe e Ralf que completaram o banco.
“Foram 36 dias em que o grupo teve um ou dois dias de folga. Tentamos fazer a mágica. Não é que poupamos, mas não teve tempo de recuperação. Disse ao grupo que eles têm um técnico que não desmobiliza. Trouxemos (os jogadores) dentro da possibilidade, e vamos ficar devendo, eu e a direção toda, vamos ficar devendo uma folga ao Ralf, Felipe e Emerson, mas eles sabem que é difícil”, explicou Tite.
Fonte: UOL