O goleiro Felipe, atualmente no Bragantino, cobra pagamentos de direito de arena referentes ao período em que vestiu a camisa do Corinthians, entre 2007 e 2010. A ação tem valor previsto em R$ 2.950.000,00, e a situação do clube paulista não é boa.
A equipe do Parque São Jorge foi derrotada nas duas primeiras instâncias no Tribunal Regional de São Paulo (TRS), onde havia sido condenado a pagar R$ 1,5 milhão ao jogador. Agora resta ao Corinthians tentar reverter a situação no julgamento a ser realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília, ainda sem data prevista.
O chamado direito de arena entrou em vigor a partir de 1998, regulamentado no artigo 42 da lei Pelé, e se trata do direito que o atleta tem de receber 20% dos valores que o clube ganha pela transmissão dos jogos. A quantia não pode estar vinculada ao salário do jogador e nem aos prêmios de vitória nos jogos.
De acordo com o advogado de Felipe, Leonardo Laporta, o goleiro deseja resolver a situação o mais rápido possível. Ainda segundo ele, no início do processo em 2014, o atleta tentou um acordo amigável com o pagamento parcelado de R$ 1 milhão, mas o Timão não aceitou o pedido.
– É um processo que a decisão não é imediata e o Corinthians vai levar até a última instância se isso for necessário. A avaliação sobre direito de arena é sempre muito complicada, há olhares diferentes sobre o caso. De qualquer forma, o clube ainda não foi notificado da última decisão- informou Diógenes Mello Pimentel Neto, advogado do Timão no caso.
Não é a primeira vez que o Corinthians enfrenta um processo envolvendo direitos de Arena. O zagueiro Marinho também cobrou o valor da equipe do Parque São Jorge. Com 32 anos, Felipe atua pelo Bragantino, tendo passado pelo Braga (POR), Flamengo e Figueirense, após sair do Corinthians, mas não repetiu o sucesso obtido no time paulista.