A negociação de Romarinho deixou o Corinthians em situação complicada para a reposição. A avaliação de momento do treinador Mano Menezes e da diretoria é de que o ataque tem a necessidade de ser reforçado. O grande problema é que a janela internacional de transferências fechou há pouco tempo e somente jogadores que estão atuando no Brasil estão à disposição, sendo a Série B do Campeonato Brasileiro o mercado mais atraente.
“A janela é de registro, não de transferência. Você só pode contratar vindo de fora aqueles jogadores que estavam sem contrato antes do fechamento da janela de registros do Brasil. A janela de registros do Brasil está fechada, não importa de onde venha. O Jonas, do Valência, por exemplo, rescindiu depois disso e não estaria livre. No caso de transferências internas, aí entra o regulamento da competição”, explicou ao UOL Esporte o advogado Marcos Motta, especialista em direito esportivo e transferência de jogadores.
O regulamento da Série A do Brasileiro diz que um jogador que já tenho atuado em sete jogos ou mais por uma equipe não pode atuar por outra. O artigo deixa o mercado de jogadores da divisão escasso após 19 rodadas realizadas.
Já na Série B, assim como em outras divisões inferiores, a restrição é bem menor. Se buscar um jogador nesse perfil, o Corinthians só precisa evitar aqueles que já trocaram de clube uma vez na temporada. Segundo o Regulamento Geral de Competições, um atleta que disputou a Copa do Brasil por um time e o Brasileiro da segunda divisão por outro não pode assinar com um terceiro na temporada – a regra não vale para Estaduais.
Como pouco atletas se encaixam nesse perfil, o Corinthians não deve ficar impedido. O maior problema o prazo de inscrição de jogadores no Brasileiro, que expira em 3 de outubro. Com isso, o Corinthians fica com 20 dias para uma definição.
Romarinho foi negociado e fez Corinthians criar problema para reposição no ataque | Danilo Verpa/Folhapress |
Na regra para reforços no ataque do Corinthians, existe apenas uma exceção. É o caso de Nilmar. Ele realizou a rescisão contratual com o Al Jaish, do Qatar, antes da data de encerramento da janela de transferências, algo que o deixa livre para negociar com qualquer clube do país. O retorno do atacante, no entanto, é considerado inviável caso ele não reduza a pedida de R$ 600 mil mensais livres de impostos.
A intenção da diretoria do Corinthians é a de repor a saída de Romarinho com um jogador de salário semelhante. Ele ganhava pouco mais de R$ 100 mil.
Insatisfeito com a realidade atual está Mano Menezes. O treinador é favorável à vinda de Nilmar e deve aumentar a pressão aos dirigentes por reforços. No momento, o elenco conta para o ataque com Guerrero, Lodeiro, Romero, Luciano e Malcom. Este último tem 17 anos, fez seu primeiro jogo como profissional no último domingo diante do Criciúma e foi muito prestigiado pela diretoria em uma demonstração de satisfação com o setor ofensivo do plantel.
Fonte: UOL