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Corinthians tenta renovar com zagueiro da base e expõe calma com revelações

Danilo Vieira Andrade

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Em outros momentos na história do clube, jogadores oriundos das categorias de base podem ter sido sinônimo de otimismo ou badalação. Hoje, a ideia do Corinthians sobre os atletas formados no Parque São Jorge é bem diferente. Um exemplo disso é o zagueiro Pedro Henrique, promovido no início de 2014. Ele negocia renovação de contrato e aumento de salário, mas todo o processo tem sido cercado de tanta calma quanto a entrada do defensor na equipe.

“Nós estamos avaliando com calma. É um jogador que subiu para o profissional há um tempo, mas que ainda está em fase de transição. É um atleta que vem crescendo, e nós temos bastante esperança nele”, disse Edu Gaspar, gerente-executivo de futebol do Corinthians, em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

Titular do time vice-campeão da Copa São Paulo de juniores de 2014, Pedro Henrique foi um dos cinco promovidos ao elenco profissional – os outros foram o lateral esquerdo Guilherme Arana, o volante Fabiano, o meia Zé Paulo e o atacante Malcom. O zagueiro ainda não entrou em campo na equipe principal.

O crescimento de Pedro Henrique entre os profissionais tem sido gradual. Depois das saídas de Wanderson (que não chegou sequer a entrar em campo) e de Cleber (que era titular e foi negociado com o Hamburgo), o defensor egresso da base passou a ser a quarta opção do técnico Mano Menezes. Como Gil foi convocado para os amistosos da seleção brasileira contra Colômbia (05/09) e Equador (09/09), ele passou a ser a primeira opção à dupla formada por Felipe e Anderson Martins.

“Não podemos acelerar o processo dos atletas ou o tempo de contrato. Não podemos acelerar uma série de coisas. Estamos trabalhando há algum tempo, mas é lógico que eles precisam de um tempo de maturação para entender o dia a dia e evoluir no processo profissional”, ponderou Edu.

No início de 2014, o Corinthians contratou o ex-lateral Alessandro para funcionar como elo entre as categorias de base e a equipe profissional. A promessa da diretoria naquela época era facilitar essa transição. Até aqui, porém, nenhuma das promessas recentes conseguiu emplacar.

Hoje, o único jogador da base que tem presença constante entre os titulares do Corinthians é o lateral direito Fagner. Ainda assim, ele teve de deixar o clube e passar por Vitória, PSV Eindhoven, Wolfsburg e Vasco (duas vezes) antes de se firmar na equipe em que foi revelado.

Em agosto, reportagem do UOL Esporte mostrou o quanto a diretoria do Corinthians bate cabeça sobre o uso das categorias de base. Um exemplo disso é o aproveitamento de jogadores que não estão nos planos da comissão técnica do profissional: Alessandro defende que eles desçam para outras categorias, e Marcelo Rospide, superintendente-técnico da base, acha que esse processo não acrescenta muito aos atletas.

O caso de Pedro Henrique é emblemático. Segundo Rospide, o coordenador das seleções brasileiras de base, Alexandre Gallo, ligou para perguntar sobre o zagueiro quando elaborava lista de jogadores sub-20 para o Torneio de Cotif, na Espanha. “Se ele estivesse jogando poderia ter sido convocado”, relatou o superintendente.

Até agora, a maior prova de que o Corinthians conta com Pedro Henrique é que nenhum zagueiro foi contratado depois da saída de Cleber. A diretoria chegou a sondar o mercado, mas desistiu momentaneamente.

“Estamos observando. Não um futuro zagueiro, mas se há necessidade. São conversas internas sobre o número de jogadores que temos para a posição e que tipo de atleta. Aí vamos para análises técnicas: preciso de um cara pronto ou posso subir um menino da base, por exemplo”, finalizou Edu.

Fonte: UOL