Estrela da base do Corinthians, Malcom se inspira em Sheik

Danilo Vieira Andrade

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Malcon foi o artilheiro do Corinthians com seis gols na Copinha | Gazeta Press

Dezesseis anos, boné grande na cabeça, artilheiro e dono de muita personalidade, dentro e fora de campo. Malcom é o caçula do time corintiano da Copa São Paulo de Futebol Júnior, mas já esbanja carisma por onde passa. Apesar da pouca idade, ele foi um dos principais responsáveis pela boa campanha do time na edição 2014 do campeonato.

Subir para treinar com o elenco profissional do Parque São Jorge é certamente um dos seus grandes sonhos. Enquanto esse dia não chega, o garoto destaque da Copinha segue os passos de Emerson Sheik para jogar futebol. Se a fase não é tão boa para o camisa 11 da equipe principal, para o número 30 das categorias de base a fórmula tem dado certo.

Para chegar até o final de uma Copa São Paulo o caminho não foi simples. Morador de uma favela da Vila Formosa, zona Leste da cidade, apegado à família, Malcom ganha pouco mais de R$ 2 mil por mês e vai de ônibus ou de carona para os treinos. Humilde, ele fala sobre seu futuro e sua autenticidade.

‘Quando chegar no profissional? Não sei, depende do Mano lá. Por enquanto aqui, vou dando minhas palavras, falando o que posso e sei. Sempre fui assim. Acho que sou assim porque aprendi com a minha mãe. Não conversei ainda com o Mano, vou ficar no Juniores, não vou descer pro sub-17 e já é uma emoção grande, mais um passo dado’, afirmou o atacante, depois da derrota para o Santos, neste sábado.

‘Vixi, foram muitas coisas. Passei por cima e hoje estou aí, a maioria das pessoas me conhecem, graças aos meus companheiros também. Aprendi muito no sub-20. Acreditei até o final. (…) Por ser baixinho pensam que não vou ganhar no individual, mas não tenho medo de partir para cima. Me inspiro no Emerson Sheik.’, completou.

Se vai subir agora ou nos próximos anos é uma decisão que a diretoria deve anunciar nos próximos dias. Pela pouca idade, há a expectativa de que o camisa 30 continue mais um pouco na base. Lá ou no profissional, uma coisa ele já tem, o carinho da torcida, que já identifica Malcom com a cara do Corinthians.

‘Não sei, torcedor fala que represento, mas procuro fazer meu trabalho. Acho que é pela raça e por nunca desistir das jogadas’, terminou.

Fonte: ESPN