Alessandro só terá alguma chance de continuar sua carreira em 2014 se Tite permanecer no Corinthians | Djalma Vassão/Gazeta Press |
No dia em que Tite esteve muito perto da demissão – após a derrota do Corinthians para o Grêmio no Campeonato Brasileiro, há três semanas -, Alessandro, Paulo André e Fábio Santos participaram de uma longa reunião no CT do Parque Ecológico. Ouviram do presidente Mário Gobbi que era inaceitável o comportamento do time e deram razão ao chefe.
‘A gente foi cobrado, sim, pelo presidente. Pelos maus resultados e pelo comportamento em campo, muito abaixo do esperado. Foi importante o que ele colocou porque era tudo muito verdadeiro’, afirmou o lateral direito, reconhecendo aquilo que Tite nunca admitiu, a falta de empenho do elenco ao longo do péssimo segundo semestre.
‘Não sou obrigado a concordar com o presidente, mas, naquela ocasião, como aconteceu outras vezes, ele tinha toda a razão. Estava vergonhoso. Competir, ter vontade e ter dedicação são coisas necessárias sempre. Nosso torcedor não cobra conquista, vitória. Cobra dedicação. A insatisfação deles aparece quando isso não acontece’, acrescentou.
Alessandro disse ter ouvido o recado ao lado de Paulo André e Fábio Santos pela casualidade de os três estarem no CT no momento da reunião, que teve a participação dos dirigentes e da comissão técnica. Segundo ele, a mensagem foi repassada e compreendida pelo grupo, que tenta reagir nas rodadas finais do Campeonato Brasileiro.
‘O grupo nunca fica exatamente o mesmo. Nos seis anos em que estou aqui, nunca foi repetido o grupo, com exceção do treinador. Aí começa o caminho das vitórias, com a manutenção da comissão técnica. O Tite é um profissional extremamente competente, todos os jogadores desejam a permanência dele. A certeza que eu tenho é que tem muito clube rezando para que ele não fique’, comentou Alessandro.
Apesar de admitir que o empenho estava ‘vergonhoso’ até pouco tempo atrás, o lateral não concorda com a visão de que exista uma acomodação no grupo após várias conquistas. Para ele, os atletas podem reagir no próximo semestre – ou neste, com ao menos um desempenho digno na reta final.
‘Botar um ponto final em um ciclo vitorioso? Não sei se essa é a lógica. Mudança radical nunca deu resultado. Falam muito em manter a base e a estrutura, e o Corinthians tem sempre feito isso. Não achamos que podíamos ficar tranquilos por causa do Mundial. Fomos atrás do Paulista e da Recopa. Na Libertadores, não fomos adiante vocês sabem como. O que contrasta é o segundo turno péssimo no Brasileiro, mas vamos lutar muito nessas rodadas finais’, prometeu o camisa 2.
Fonte: Gazeta Esportiva