Ronaldo, Dida e Cássio: a tradição alvinegra de pegadores de pênalti contra o São Paulo

Danilo Vieira Andrade

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Dida defendeu dois pênaltis de Raí na semifinal do Brasileirão de 1999 | @ Renato Pizzutto/Placar

Ronaldo, Dida e Cássio. O que eles têm em comum? Três goleiros do Corinthians. Três ídolos do gol do Timão. E os três se destacaram pegando pênaltis contra o São Paulo no Morumbi. Uma coincidência histórica que é relatada nesse especial feito em conjunto com a Placar.

Com certeza, teve muito corinthiano que se lembrou de Ronaldo e Dida quando viu o pênalti defendido por Cássio aos 44 minutos do segundo tempo do clássico entre São Paulo e Corinthians, no último domingo (13), pelo Brasileirão 2013. Graças ao atual camisa 12 do Timão, o jogo terminou 0 a 0. E a história mostra que os goleiros alvinegros se agigantam contra os são paulinos em pênaltis no Morumbi.

Tudo começou em 1988. Ronaldo, na época, era o terceiro goleiro do elenco do Corinthians, reserva de Waldir Peres e Carlos, jogadores de Seleção Brasileira. A estreia no Campeonato Paulista daquele ano seria contra o São Paulo, no Morumbi.

Com a saída de Waldir e uma lesão de Carlos, o destino botou Ronaldo, com apenas 20 anos, no gol do Timão naquele clássico do dia 28 de fevereiro de 1988. Era o primeiro jogo oficial dele, depois de jogar alguns amistosos no começo do ano. A estreia foi marcante.

O Corinthians venceu o São Paulo por 2 a 1 com uma ajuda essencial de Ronaldo, que pegou um pênalti do experiente zagueiro Darío Pereyra. A partir dali, o goleiro começou uma trajetória de ídolo no Alvinegro, inclusive com o título paulista de 88.

Para Dida, a transformação em ídolo do Timão também começou em um clássico contra o São Paulo no Morumbi. Era o primeiro jogo da semifinal do Brasileirão de 1999. Naquele campeonato, o mata-mata era disputado em melhor de três partidas. Em um confronto eletrizante, o Corinthians vencia por 3 a 2 quando apareceu a estrela do goleiro marcado pela extrema frieza na hora de uma cobrança de pênalti.

Dida já era conhecido por ser um exímio pegador de pênaltis, mas naquele dia 29 de novembro de 1999, o então camisa 1 do Timão fez milagres. Foram duas penalidades máximas marcadas no clássico. A primeira foi ainda no começo do segundo tempo. Raí bateu no canto esquerdo do gol, Dida defendeu. No rebote, a defesa corinthiana afastou. Já era importante, mas seria ainda mais no fim do jogo.

Um novo pênalti foi marcado nos acréscimos, 47 minutos da etapa final, a exemplo do último domingo (14). Era novamente Raí contra Dida. O jogador do São Paulo mudou o canto. Mas não venceu o goleiro do Corinthians, que pulou no canto direito e pegou com a ponta da mão, agarrando a bola logo depois. A Fiel explodiu de alegria no Morumbi, como se fosse um gol. Logo depois, o Timão eliminaria o rival na semifinal e ganharia em seguida o terceiro Brasileiro da história do clube.

Cássio evocou Ronaldo e Dida, mas já havia feito uma defesa semelhante nesta temporada. Na semifinal do Campeonato Paulista, disputada em jogo único, o Corinthians empatou com o São Paulo também por 0 a 0. Na decisão por pênaltis, o camisa 12 pegou a penalidade cobrada por Luís Fabiano, no mesmo canto em que parou Rogério Ceni na partida pelo Brasileirão. O Timão passou para a final e foi campeão paulista.

Fonte: Site Oficial do Corinthians