Fernandinho é destaque do Galo no Brasileirão (Foto: Gil Leonardi/LANCE!Press) |
O Corinthians quer colocar Guerrero em campo neste domingo, no clássico diante do São Paulo, no Morumbi, válido pelo Campeonato Brasileiro, ainda que o peruano esteja com uma fratura no quinto metatarso do pé esquerdo. O camisa 9 faz tratamento intensivo em três períodos para estar à disposição de Tite.
É certo que, se Guerrero for a campo, ele estará longe das condições ideais. Na verdade, o jogador atua com dores há cerca de três semanas. Nos últimos jogos, tomou infiltração na região para que aguentasse o incômodo e pudesse jogar.
O LANCE!Net entrou em contato com o atacante Fernandinho, ex-São Paulo e hoje destaque do Atlético-MG, que passou pelo mesmo problema entre 2009 e 2010. Em outubro de 2009, ainda no Barueri, o jogador fraturou o quinto metatarso do pé direito e parou. Após cerca de dois meses com tratamento preventivo, ele não conseguiu escapar da cirurgia logo que foi contratado pelo São Paulo, em janeiro de 2010. Então, ficou mais um mês e meio sem poder atuar.
Segundo Fernandinho, as dores eram insuportáveis e, se Guerrero estiver convivendo com a mesma situação por conta da lesão, “é de outro mundo” por aguentar jogar, mesmo com as infiltrações.
CONFIRA O DEPOIMENTO DO ATACANTE AO L!NET:
“Senti a lesão no dia 24 de outubro de 2009. Só voltei a jogar no dia 28 de fevereiro de 2010.
Comecei a sentir um pouco de dor na lateral do pé, mas não era dor de pancada, era uma dor estranha, de estresse. Uma parte do osso estava inflamada e isso me incomodava um pouco. Comecei a fazer um tratamento e jogar, tratava e jogava… Achei que não era tão arriscado, que não era um problema tão grave. Se eu soubesse antes o que aconteceria, tomaria mais cuidados. Se alguém passar por isso e me perguntar, eu vou falar para não jogar.
Em alguns jogos, sentia que dava para jogar. Depois, em um duelo contra o Náutico, o osso fraturou mesmo. Senti um estalo e não aguentava de dor, não conseguia colocar o pé no chão. Eu lembro que tive de sair na hora, até tentei ficar no jogo, mas a dor era terrível. Se o Guerrero tem essa fratura, é impossível jogar assim. A não ser que ele seja de outro mundo (risos).
O ideal era ter feito a cirurgia antes. Mas no começo, no Barueri, optamos pelo tratamento preventivo. Esperava que ia chegar ao São Paulo com a possibilidade de jogar, mas não consegui. Esperamos o osso ‘colar’ e nada… O tratamento conservador também demora mais, e nem sempre resolve. No meu caso, fiquei quase três meses parado. Assim que tive a fratura, acertei com o São Paulo e o médico (José Sanchez) já avisou que era caso para cirurgia, pois tinha a grande chance de o osso não consolidar com a fisioterapia”.
Fonte: lancenet