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Corinthians negociou zagueiro Marquinhos porque Tite queria que jogador esperasse mais um ano

Danilo Vieira Andrade

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O ex-presidente corintiano, Andrés Sanchez, tem uma explicação: “É simples. O jogador tinha ainda mais um ano e quatro meses de contrato com o clube. Recebemos a proposta. Consultamos o treinador para saber se ele seria aproveitado logo. O Marquinhos era reserva do reserva do reserva. O técnico disse que não, que ele teria que esperar mais um ano para ter a chance dele. Ele ficaria no grupo, mas teria que esperar porque estava cru ainda. Então emprestamos ele”.

O técnico é o mesmo de hoje: Tite.

O que ninguém poderia esperar é que o zagueiro de 19 anos fosse agradar tanto na Europa. Ele vale hoje cerca de R$ 110 milhões, preço pago pelo Paris Saint Germain ao clube italiano. É um dos cinco defensores mais caros do mundo. E nem começou a carreira direito.

“Quem poderia adivinhar que daria nisso?”, perguntou Sanchez.

Esta transação rendeu R$ 4,5 milhões ao Corinthians pela cota de clube formador.

O zagueiro Marquinhos é uma das estrelas do PSG. Ele custou ao time francês cerca de 30 milhões de euros. É titular na zaga. Já marcou três gols nesta temporada e anda em alta na Europa. Os jornais portugueses publicam, nesta semana, reportagens com a notícia de que o jovem atleta poderá atuar pela seleção portuguesa. Ele tem dupla cidadania.

Marquinhos foi formado na base do Corinthians. Subiu para o time profissional em 2011. Foi emprestado ao Roma no segundo semestre de 2012 por €$ 1,5 milhão, com preço do passe estipulado em mais €$ 3,5 milhões. Aprovado, o zagueiro foi contratado pelo clube italiano.

No total, o clube brasileiro ganhou R$ 13 milhões.

Andrés Sanchez continua achando que o clube fez bom negócio. “O jogador queria renovar contrato e ganhar R$ 400 mil por mês mais R$ 5 milhões de luvas. Isto é impossível”, disse. Na verdade, o empresário Giuliano Bertolucci pressionou o clube. Queria ver Marquinho jogando no time principal, para que ele aumentasse o valor de mercado. Depois, convenceu os diretores da Roma em investir no garoto. Estava certo.

“Quando ele foi campeão da Copa São Paulo de Juniores, a imprensa falava que o craque era o Antonio Carlos (também zagueiro e capitão do Sub-17 corintiano). Quem poderia dizer que ele ia virar o que virou? A Roma apostava no Leandro Castan (outro defensor do Corinthians) e agora estão querendo devolvê-lo ao Brasil. Futebol tem estas coisas”, falou o dirigente que cuida agora da construção do Itaquerão, arena alvinegra que vai ser sede da abertura da Copa do Mundo.

Fonte: Terra