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Gobbi critica postura do STJD e espera anulação de pena do Timão

Danilo Vieira Andrade

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Mário Gobbi espera que Timão reverta a punição
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
O presidente Mário Gobbi disse que ainda tem esperança de anular a pena do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), que determinou dois jogos do Corinthians de portões fechados no Campeonato Brasileiro, após a briga entre torcedores do Timão e do Vasco, na partida realizada no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no dia 25 de agosto. O caso será julgado no Pleno do Tribunal no dia 26 de setembro.
Por enquanto, a decisão é de que o Corinthians jogará com portões fechados contra Bahia e Atlético-PR, pela 25ª a 27ª rodadas do Campeonato Brasileiro, respectivamente. Inicialmente, o Tribunal havia decidido que o Corinthians jogaria sem sua torcida em quatro partidas da competição nacional: duas com portões fechados e duas apenas com torcedores visitantes. A defesa fez com que a pena caísse pela metade.
– Pegamos quatro jogos e já mudamos para dois, ainda há o recurso do dia 26. O que eu espero? Não pegar nenhum jogo de punição. A pena de portões fechados não é prevista no Código Brasileiro Discilplinar. Houve um pequeno equívoco na pena. Pode-se transferir o lugar do jogo, mas jogar com portões fechados não existe. Quem julga processo esportivo não pode criar pena da cabeça dele ou por analogia – afirmou à Rádio Globo.
Corinthians e Vasco foram enquadrados nos artigos 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) por deixarem de tomar providências capazes de prevenir ou reprimir desordens (os cariocas ainda responderam pelo artigo 191, da responsabilidade sobre a segurança dos torcedores). Mas o artigo que permitiu a adoção de precedentes internacionais, utilizados pela Conmebol, na aplicação da pena é o de número 283, para “casos omissos e as lacunas” do código brasileiro.
Revoltado com a situação, Mário Gobbi criticou a postura do STJD diante da violência. Na opinião do mandatário corintiano, não será possível resolver tal problema nos estádios enquanto apenas os efeitos, e não as causas, forem estudados.
–  Enquanto falarmos dos efeitos, vamos passar trezentos anos batendo o martelo no mesmo ponto, sem solução nenhuma. Eu já vi estádio ser fechado, torcida ser extinta, mando de jogo ser transferido, partidas com portões fechados… Só não vi o fim da violência. Somos burros de falar de uma coisa que não se resolve. Esse é o país onde moramos – desabafou.