De ‘cara feia’, Cleber já prevê forte concorrência por espaço no Timão

Danilo Vieira Andrade

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Cleber já participa dos treinos do Corinthians (Foto: Tom Dib/ LANCE!Press)
A demora, segundo o próprio Cleber, valeu a pena. Quase um mês esperando a hora de assinar contrato com o Timão, o zagueiro de 22 anos, que será apresentado oficialmente na manhã desta quarta-feira, agora faz piadas do período de ansiedade que viveu em meio às negociações arrastadas entre Ponte Preta, Corinthians e investidores.
– Estou bem mais aliviado. Estou muito feliz, mas fiquei bem tenso até assinar no papel – disse.
No clube desde a semana passada, ele atendeu ao Lancenet e já falou das suas primeiras impressões do dia a dia no CT Joaquim Grava. O bom ambiente do elenco foi elogiado logo de cara pelo defensor, que por enquanto faz treinos físicos em dois períodos para chegar à condição ideal. As atividades com bola deverão se iniciar na semana que vem e uma data para sua estreia ainda não foi estipulada.
Bem humorado, Cleber disse que a ordem, por enquanto, é manter a cara feia ‘para ser respeitado’ no elenco, que costuma brincar muito com jogadores novatos.
– Ainda não me sacanearam. Estão meio cabreiros ainda. Eu estou fazendo cara de bravo… É bom chegar assim para te respeitarem (risos). Com o tempo sei que vão começar a brincar, é um grupo legal. Todos se tratam como irmãos lá.
Com sua documentação já enviada para a CBF, o nome de Cleber deverá aparecer no Boletim Informativo Diário (BID) nos próximos dias. Daí em diante, ele dependerá do aval da comissão técnica para jogar. Com a ajuda do grupo DIS, o Timão pagou R$ 6 milhões para a Ponte Preta e ficou com 20% dos direitos de Cleber.
Cleber
Novo zagueiro do Corinthians, em entrevista exclusiva ao Lancenet
Chegou a temer o pior nessa negociação com o Corinthians?
Se eu falar que não pensei, eu estarei mentindo. Pensava: ‘será que não vai?’ Estava tudo muito enrolando e fiquei tenso mesmo. Mas depois que cheguei no Corinthians os diretores me acalmaram, disseram pra eu ficar despreocupado. Só assim eu aliviei o coração (risos).
O que achou do CT?
É fácil trabalhar lá. Já estou adaptado (risos). Já estou pegando amizade com o grupo. Estou muito feliz.
Tem algum zagueiro no futebol que você se inspira para jogar?
Não na minha posição. Eu gostava mesmo de ver o Ronaldo, o Rivaldo e o Ronaldinho. Sempre gostei de ver mais atacantes. Gosto de observar os caras que eu vou marcar. Você já fica esperto quando encontra eles em campo. Mais fácil olhar atacantes…
Os jogadores te receberam bem?
Dá para ver que o grupo é muito unido, ninguém se dá mal e se tratam como irmãos. É fácil notar isso. Grupo vencedor é assim, se tiver coisinha no meio, não é campeão.
Vai ter paciência para conquistar espaço? A concorrência é forte…
Vai ser difícil conseguir espaço. Mas tenho de passar por cima disso. Se tudo fosse fácil, todo mundo seria realizado. Tem Chicão, Gil, Paulo André, o Felipe… A briga é sadia. O Chicão mesmo teve várias chances, hoje a opção do Tite é outra. Amanhã ele pode voltar. Isso é normal. Mas só com trabalho e honestidade você consegue as coisas. Vou tentar manter o trabalho que fazia.
Fonte: Lancenet