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Guerrero se reencontra com “padrinho” Autuori e elogia: manja muito

Danilo Vieira Andrade

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Astro peruano, Guerrero começou a trajetória na seleção 
de seu país sob o comando de Autuori
Foto: Getty Images
Paolo Guerrero afirma com frequência que disputar uma Copa do Mundo com a seleção peruana é o seu maior sonho no futebol. Essa possibilidade começou a tomar forma em 2004, quando o centroavante, então com 20 anos, foi convocado pela primeira vez. O técnico era Paulo Autuori, hoje no São Paulo, seu adversário na decisão da Recopa desta quarta-feira.
Promessa contratada pelo Bayern de Munique logo depois de se tornar profissional, o garoto ganhou a confiança do comandante brasileiro mesmo estando na equipe B do clube alemão. Da estreia em uma partida contra o Chile até hoje, sua participação na equipe nacional foi contínua e motivo de muito orgulho.
‘Todos sabem o sentimento que tenho por defender o meu país. Foi ele quem me chamou pela primeira vez. É um técnico que vai muito bem na parte tática, manja muito de futebol. Estou certo de que vai ser bom para o São Paulo’, comentou Guerrero.
A parceria entre eles não foi suficiente para colocar o Peru nas Copas de 2006 e nem de 2010: ficou em penúltimo e depois em último lugar nas respectivas Eliminatórias Sul-Americanas. Na luta para jogar no Brasil em 2014, a situação é difícil, mas a chance é real.
Os peruanos estão na sétima colocação, mas a apenas dois pontos do Uruguai, atual dono da quinta posição – posto que vale vaga na repescagem. As próximas rodadas são justamente contra o Uruguai, em casa, e contra a Venezuela, sexta colocada, fora.
Até agora, a maior glória oferecida aos peruanos por Guerrero foi vestindo a camisa do Corinthians. O herói alvinegro no último Mundial se enrolou na bandeira do seu país depois de, nas próprias palavras, ‘jogar para c…’ em Yokohama e foi recebido por uma multidão na chegada a Lima.
O sonho maior, no entanto, ainda é um objetivo inalcançado. A vontade de jogar a principal competição do futebol ainda é a mesma exibida quando, menino cabeludo, defendeu a seleção principal pela primeira vez. Com Autuori no banco, substituiu Pizarro, à época astro da versão A do Bayern, e balançou a rede.
‘Eu o chamei pela primeira vez. Em sua estreia, ele fez gol contra o Equador’, confundiu-se o atual treinador do São Paulo. Guerrero marcou também contra o Equador, mas sua estreia foi em uma vitória por 2 a 1 sobre o Chile e causou surpresa geral.
‘Era um jogador que tinha saído muito cedo do Alianza Lima. Havia uma contestação muito grande porque eu estava convocando um jogador de uma equipe B, mas o argumento era simples: naquela altura, o nível competitivo dele era muito mais alto do que o daqueles que jogavam as competições internas’, disse Autuori.
‘Guerreiro mesmo’
Em 17 de novembro de 2004, além de Paolo Guerrero e Paulo Autuori, estavam no Estádio Nacional de Lima os jogadores Maldonado e Valdivia. O meia, que chegaria ao Palmeiras em 2006, substituiu o volante – então no Cruzeiro, hoje companheiro de Paolo no Corinthians – para tentar virar o jogo.
Valdivia entrou aos 30min do segundo tempo, quatro depois de Guerrero, mas foi o peruano que acabou fazendo diferença, recebendo bola longa, dividindo com o goleiro Tapia e marcando um gol chorado. Sebastian González descontou nos acréscimos e não impediu o triunfo por 2 a 1 dos anfitriões.
Autuori já via ali as características que fariam os corintianos felizes quase uma década depois. ‘Ele é um jogador de muita movimentação, muita mobilidade. Guerreiro mesmo, não foge ao nome. Não foi difícil colocá-lo no time. Com felicidade, vi que sua carreira cresceu, e ele comprovou isso vindo para o Brasil’, afirmou.
O reencontro está marcado para as 21h50 desta quarta-feira, no Estádio do Pacaembu. Após um abraço, o guerreiro Paolo tentará driblar as armadilhas táticas armadas por um técnico que ‘manja muito’.
Fonte: Terra