O departamento de marketing do Corinthians acha que tem condições de vender os “naming rights” da arena por um valor superior a R$ 400 milhões.
A ideia, agora, é negociar os direitos de nomear o estádio por mais de 450 milhões de reais. A justificativa é que a Fonte Nova vendeu os “naming rights” para a Itaipava por R$ 100 milhões e a Arena Palestra negociou os seus com o grupo Allianz pelo triplo do valor, enquanto Itaquera, estimam os corintianos, vale pelo menos 50% a mais do que o estádio palmeirense. Em relação ao da Bahia, o valor de mercado seria cinco vezes maior, segundo a direção do clube paulista.
Um dos argumentos para a valorização da arena em Itaquera é que será palco de abertura da Copa, ano que vem, outro é a exposição do próprio Corinthians, clube que a maior quantidade de jogos exibidos em TV aberta no Brasil, especialmente para São Paulo, estado com o maior poder de consumo do país. O terceiro é que a tendência é ficar lotado quase sempre, devido ao programa Fiel Torcedor, que levou quase 25 mil pagantes, por exemplo, para um Corinthians x Atlético de Sorocaba, no Pacaembu, jogo que não valia praticamente nada pelo Paulista.
Curiosamente no ano passado o mesmo Corinthians chegou a cogitar abaixar os valores pedidos pelos “naming rights” devido à dificuldade de vendê-los. O ex-presidente Andrés Sanchez sonhava em negociar a venda do nome do estádio por R$ 400 milhões até fevereiro de 2012. Não conseguiu e uma parte da direção do clube passou a falar em redução da pedida. Agora, diante da movimentação do mercado com as novas arenas, caso da Fonte Nova e da do Palmeiras, voltou a se animar.
O Corinthians chegou a negociar com a Brahma, a Petrobras e a Itaipava, por enquanto sem sucesso. Tem mantido contatos também com empresas de telefonia e instituições bancárias, mas já não fala em prazo para fechar o negócio.
Sinceramente tenho minhas dúvidas sobre o valor, se pode ser maior que os R$ 400 milhões imaginados. Inclusive pelo momento difícil da economia brasileira, que vem patinando na questão do crescimento há algum tempo, com nosso famoso PIBinho, e começa a enfrentar de novo o fantasma da inflação. Que não é como a de outros tempos, tempos anteriores ao Plano Real, mas preocupa. O governo, os investidores e a população.
Fonte: Lance