Com gratidão a Andrés, Tite revela desejo de permanecer no Timão

O início do trabalho de Tite no Corinthians foi conturbado. Na Libertadores, a equipe do Parque São Jorge foi eliminada pelo Tolima antes da fase de grupos, gerando uma série de protestos da Fiel. Apesar do momento ruim, a diretoria alvinegra  decidiu manter o treinador no cargo, depositando confiança em um trabalho a longo prazo. Ciente do que já passou no Timão, Tite não esconde sua gratidão a Andrés Sanchez.

“Eu sou muito grato ao presidente Andrés, tem que ter muita coragem para bancar. Eu não seria campeão do mundo se uma pessoa corajosa tivesse bancado a minha permanência”, explicou o treinador ao programa Mesa Redonda, da TV Gazeta.

Questionado sobre sua permanência no Corinthians, o comandante alvinegro alegou que deseja ficar, quebrando uma política do futebol brasileiro de não mantém o treinador no cargo por muito tempo. Apesar de ter dito que desejava apenas cumprir seu contrato, que acaba no fim deste ano, e buscar novos caminhos, Tite já mostra que pode mudar de ideia. “O projeto é de permanecer sim, para quebrar essa cultura do futebol brasileiro, mas vamos deixar as etapas acontecerem”.

Feliz com o trabalho no Corinthians, o treinador explicou que tem à disposição uma equipe de qualidade, evitando um maior desgaste como comandante do Timão. “O técnico no Brasil é a vidraça, mas eu tenho um grupo de muita qualidade. Então, eu consigo dar um treino de qualidade para não ter que cobrar o tempo todo, pois isso gera um desgaste muito grande”.

Convidado do Mesa Redonda, Sérgio, ex-jogador do Palmeiras, também elogiou o trabalho de Tite. O goleiro revelou que a demissão mais injusta de um treinador já vista em sua carreira foi justamente a do atual técnico do Corinthians, em 2006, quando Tite comandava o clube do Palestra Itália.

“Essa demissão me deixou muito triste, porque aconteceu muito rápido. Para nós jogadores, fica uma situação incômoda, pois tem um profissional ali e você sabe que está indo embora por uma coisa que nós jogadores poderíamos mudar”.

Fonte: Gazeta Esportiva